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Falta de vitamina D? Consuma salmão, apanhe ar fresco e esqueça o solário

Fundação Cancro relembrou à Rádio Latina alguns conselhos para a colmatar.

© Créditos: Pixabay

Um estudo divulgado em 2015 revelou que a maioria da população do Luxemburgo tem falta de vitamina D. Cerca de 15,5% tem mesmo "défice" desta vitamina. As preocupações com a falta de vitamina D acentuam-se no inverno, pelo que a Fundação Cancro relembrou à Rádio Latina alguns conselhos para a colmatar.

Primeiro: de nada serve ir ao solário. E há alternativas. Em pleno inverno, e mesmo que o sol não esteja a brilhar convém sair à rua. A diretora da Fundação Cancro, Lucienne Thommes, indica que "apanhar ar durante 15 a 30 minutos é suficiente para sintetizar a vitamina D de que precisamos".

A líder da Fundação Cancro alerta para os mitos associados ao solário e à vitamina D. Além de considerar que, de forma geral, as máquinas de bronzeamento devem ser evitadas, Thommes frisa que "o argumento de que no inverno se deve ir ao solário para produzir vitamina D é absurdo, até porque o solário faz mais mal do que bem". "Uma pessoa normal que passeia ao ar livre vai sintetizar os níveis necessários da vitamina, sobretudo se a sua alimentação for adequada", acrescenta.

A responsável indica ainda que "cabe ao médico determinar se uma pessoa tem carência de vitamina D, e nesse caso, mais vale recorrer a suplementos do que ir a um solário, onde aumentam os riscos de cancro da pele".

Outro dos conselhos prende-se com as escolhas alimentares. Produtos de origem animal como laticínios e peixes gordos, entre os quais cavala e salmão, são ricos em vitamina D.

Ler mais:Fiambre, salsichas e salame. O apelo da Fundação Cancro

Vitamina D e a covid-19

O tema da carência de vitamina D foi recentemente levantado pelo deputado Fred Keup, do ADR, através de uma pergunta parlamentar. Keup questionou a ministra da Saúde sobre a relação entre a deficiência de vitamina D e uma infeção por covid-19.

Na resposta, Lenert indicou que há algumas publicações que "tentam encontrar uma relação entre a falta de vitamina D e casos mais severos de uma infeção pela covid-19", mas no seu entender são contraditórios. Quanto à possibilidade de um melhor nível de vitamina D poder influenciar a evolução de uma infeção, a ministra frisa que "ainda não é claro se há uma relação causal entre o nível de vitamina D e os casos mais severos de covid-19, ou se simplesmente a falta de vitamina D é um indicador de que, de uma forma geral, o estado de saúde dessas pessoas é menos bom e, por isso, são mais vulneráveis". Nestes casos, acrescenta, "um suplemento de vitamina D provavelmente não terá efeito".

A ministra afirmou ainda que é difícil saber ao certo as consequências da falta de vitamina D para a saúde humana, exceto no caso de pessoas com um défice muito pronunciado. Nessas situações, a carência pode afetar os músculos e os ossos, provocando doenças como osteoporose e osteomalacia.

(Diana Alves, jornalista da Rádio Latina.)