Universidade do Luxemburgo tem quatro novos cursos de enfermagem
O objetivo é fazer face à escassez destes profissionais de saúde no Grão-Ducado.
© Créditos: Chris Karaba/Luxemburger Wort
A partir de setembro, a Universidade do Luxemburgo (Uni.lu) terá quatro novas especializações para os graduados de enfermagem. Estes profissionais de saúde poderão apostar na formação em assistência técnica médica em cirurgia, em anestesia e reanimação, em pediatria e em psiquiatria, informa o Virgule.
Os novos cursos, que foram apresentados na terça-feira, terão 15 vagas cada. Para serem elegíveis, os candidatos devem não só ser graduados em enfermagem, mas estar autorizados a exercer a profissão de enfermeiro responsável de cuidados gerais no Luxemburgo. Além disso, devem ter um nível B2 em francês e alemão.
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"Mais do que nunca, a Universidade quer atrair os futuros estudantes para tudo o que está relacionado com profissões de saúde", reconheceu o reitor da Uni.lu. Jens Kreisel foi mais longe e referiu que o enfoque nesta área do conhecimento é um dos "projetos prioritários do mandato".
Além das quatro especializações, cujas candidaturas estão abertas até 17 de julho, haverá mais três no catálogo da universidade até setembro de 2024: enfermagem em cuidados gerais, ciências maiêuticas (parteiras) e assistência técnica médica de radiologia.
Melhorar a qualidade dos cuidados e atrair profissionais
"Os bacharelatos em ciências de enfermagem estão associados à melhoria da qualidade dos cuidados e da atratividade da profissão", resumiu a professora Laurence Bernard, uma das duas diretoras dos cursos.
As medidas para tornar a profissão mais atrativa já eram há muito reclamadas pela Associação Nacional dos Enfermeiros Luxemburgueses (ANIL, na sigla em francês) e pela Associação Luxemburguesa do Ensino para Profissões de Saúde (ALEPS), entrevistadas pelo Virgule no ano passado.
A abertura de novos cursos vem dar resposta, em parte, a esta exigência, mas há quem ainda veja como um obstáculo a exigência da formação generalizada em ciências de enfermagem para ingressar numa das especializações. Os profissionais do setor já defenderam, em vez disso, a implementação de mestrados que obedeçam ao modelo de Bolonha, que inclui três anos de licenciatura e dois anos de especialização, o equivalente a um mestrado integrado.
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O ministro da Educação não vê esta reformulação como prioritária, já que considera que "não seria bom retirar uma oferta de formação no domínio da saúde numa altura de escassez de pessoal". Claude Meisch sublinha, também, que os novos cursos "não excluem de nenhuma forma o que já existe". A avaliação do diploma geral de ensino superior não deverá ser feita antes de 2028.