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Trabalho

UEL. “Feriados geram custos e inconvenientes às empresas”

Em causa estará o custo do trabalho não prestado, a organização das equipas e até resolução de conflitos na gestão de folgas.

© Créditos: Chris Karaba

É o ponto da situação num mês propício às ‘pontes’. Numa nota divulgada no seu site oficial, a União das Empresas Luxemburguesas (UEL) volta a pronunciar-se sobre a questão dos feriados e do tempo de trabalho no Grão-Ducado.

O comunicado surge após os três primeiros feriados do mês de maio – este mês há quatro – e destaca o facto de estes beneficiarem os trabalhadores, quer se trate de um dia de descanso remunerado ou de um dia trabalhado com pagamento suplementar. Por outro lado, a organização patronal salienta os “custos e os inconvenientes” que estes representam para as empresas.

Em causa, adianta, está o custo do trabalho não prestado, o pagamento suplementar do trabalho prestado aos feriados, a organização das equipas e até resolução de conflitos quando vários trabalhadores tencionam folgar no mesmo dia.

A UEL escreve que, além dos feriados, há ainda os tempos de descanso e as ausências que permitem aos trabalhadores faltar ao trabalho por motivos pessoais, tais como problemas de saúde, morte de um familiar ou mudança de casa. Tudo isto constitui um desafio para os patrões, aos olhos da UEL.

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A união das empresas lembra que, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, o tempo médio de trabalho por trabalhador baixou nos últimos 50 anos, passando de 1.900 horas por ano, em 1970, para 1.530, em 2021. Uma tendência acompanhada por uma “amplificação dos desafios”.

O organismo defende, por isso, que há que atacar as questões da atratividade e competitividade do país. Considera que “é essencial melhorar o quadro legal para permitir às empresas encontrar soluções inovadoras para fazer face a estes desafios e atrair e reter talentos, nomeadamente ao nível da organização do tempo de trabalho”.