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Residentes do Luxemburgo têm em média 39,7 anos

Este dado, que consta do mais recente estudo do Eurostat, reflete a explosão demográfica da última década.

© Créditos: Anouk Antony/Luxemburger Wort

Simon Laurent MARTIN

São, sem dúvida, os dados mais impressionantes do último recenseamento da população luxemburguesa. O censo mostrou que a população aumentou 25,7% em relação a 2011, ou seja, em 131.588 pessoas, elevando o número total de residentes para 643.941. Em 10 anos, a população cresceu 15 vezes mais depressa do que na União Europeia (1,7%).

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Obviamente, esta explosão demográfica não deixa de ter consequências para o perfil típico dos luxemburgueses, e mais particularmente para a sua idade média. A população luxemburguesa está a envelhecer, mas em muito menor escala do que na maioria dos países europeus. A idade média dos luxemburgueses é de 39,7 anos, apenas mais um ano do que em 2011.

Outros países europeus estão longe de conseguir o mesmo, de acordo com a conclusão de um estudo recente do Eurostat. A análise mostra que em 2022, metade da população da UE tinha mais de 44,4 anos de idade. "É mais 0,3 anos do que em 2021. A idade média aumentou em 2,5 anos (em média 0,25 por ano) em comparação com 2012, quando era de 41,9 anos", observa o estudo.

18 países com idade inferior à média

No total, 18 países europeus estão abaixo da idade média: 38,3 anos no Chipre, 38,8 anos na Irlanda e 39,7 anos no Luxemburgo, um dos países mais "jovens" do continente, ou pelo menos um dos países que estão a envelhecer menos rapidamente. Em contrapartida, a idade média é de 48 anos em Itália, 46,8 anos em Portugal e 46,1 anos na Grécia. "Entre 2012 e 2022, este indicador aumentou em todos os Estados-membros, exceto na Suécia, onde diminuiu (de 40,8 anos em 2012 para 40,7 anos em 2022). Em Malta, não houve alteração da idade média entre 2012 e 2022, mantendo-se nos 40,4 anos. Em cinco países da UE, a idade média da população aumentou em quatro anos ou mais", diz o Eurostat.

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O gabinete europeu de estatística também se debruçou sobre o rácio de dependência da terceira idade, isto é, o número de pessoas idosas numa idade em que são consideradas economicamente inativas (pensionistas), em relação ao número de pessoas em idade ativa. Na UE, esta taxa atingiu 33% em 2022, mais 0,5 pontos percentuais do que em 2021, indicando uma tendência ascendente. "Desde 2012 (27,1%), este indicador aumentou 5,9%."

Os rácios mais altos foram registados em Itália (37,5%), Finlândia (37,4%) e Portugal (37,2%), enquanto os mais baixos foram registados no Luxemburgo (21,3%), Irlanda (23,1%) e Chipre (24,5%).

(Artigo originalmente publicado no Virgule e adaptado para o Contacto por Maria Monteiro.)