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Trabalho

Manufatura e construção vão ter mais de 700 vagas de emprego

Os postos de trabalho requerem formação académica e competências profissionais adequadas, dizem as empresas inquiridas pela Fedil.

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As empresas luxemburguesas de manufatura, construção e obras públicas terão centenas de empregos disponíveis nos próximos dois anos para pessoas com a formação académica e as competências profissionais adequadas, revelou esta quinta-feira a Federação dos Industriais Luxemburgueses (Fedil) no relatório "As qualificações do futuro na indústria".

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As 57 empresas inquiridas pela Fedil disseram que preveem ter 765 ofertas de emprego para pessoas com competências técnicas e de produção, bem como diferentes formações académicas, referiu a federação. Este ano, o número de postos de trabalho disponibilizados pela indústria aumentou em 51%.

As empresas afirmaram querer contratar engenheiros, médicos, químicos, administradores, engenheiros, peritos em tecnologias da informação (TI), investigadores, e muitos outros cargos, todos dentro do campo da indústria.

"Assegurar as intenções de recrutamento da indústria e tentar orientar as orientações profissionais dos jovens [nesse sentido] é ainda mais importante no contexto atual, em que as empresas enfrentam o duplo desafio da transição ecológica e da transformação digital", disse o diretor-geral da Fedil, René Winkin, citado em comunicado.

Empresas pedem formação específica

As credenciais climáticas de uma empresa são um fator determinante para mais de dois terços dos jovens no Luxemburgo, quando se candidatam a um emprego, revelou um inquérito publicado na terça-feira pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).

Os empregadores querem recrutar pessoas com um mestrado, um doutoramento, um diploma de técnico, ou um Diplôme d'aptitude professionnelle (DAP), uma certificação de aptidão profissional. As empresas têm um interesse particular pelos diplomados com DAP, sendo que 44% das vagas disponíveis nas empresas inquiridas exigem esse grau de formação.

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O Brevet de Technicien Supérieur (BTS) e a formação do Luxemburgo para técnicos deixou de estar entre as qualificações solicitadas pelos empregadores, segundo a Fedil.

Se as indústrias de manufatura e obras públicas estão prontas para contratar mais trabalhadores, o setor da construção tem vindo a confrontar-se com a queda da procura e ao aumento dos custos dos empréstimos.

A Federação dos Empreendedores de Construção e Engenharia Civil no Luxemburgo vai propor que o governo pague um pacote que permita aos seus trabalhadores receberem um subsídio de desemprego parcial, uma vez que menos trabalho significa que são necessários menos trabalhadores.

(Artigo originalmente publicado no Luxembourg Times e adaptado para o Contacto por Maria Monteiro.)