Luxemburgo teve o verão mais seco em mais de 100 anos
O Ministério de Agricultura, Viticultura e Desenvolvimento Rural divulgou esta sexta-feira o balanço meteorológico dos últimos três meses.
Alguns cursos de água secaram muito rapidamente este verão © Créditos: Getty Images
Temperaturas altas, falta de precipitação, seca sem precedentes. Este é o resumo do verão de 2022, de acordo com a análise do AgriMeteo, o serviço meteorológico da Administração dos Serviços Técnicos da Agricultura (ASTA), integrado no Ministério da Agricultura, Viticultura e Desenvolvimento Rural, que foi dada a conhecer esta sexta-feira.
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A entidade referida reuniu dados de uma "rede de 36 meteorológicas automáticas de todas as regiões do Luxemburgo" e comparou os valores de quatro delas, de Asselborn, Clemency, Remich e Cidade do Luxemburgo com os valores médios do período entre 1991-2020, e concluiu que este foi "o verão mais seco desde 1921 e o sétimo mais seco desde o início dos registos em 1854".
Demasiado calor e pouca chuva
Além da falta de precipitação, o intervalo de 1 de junho a 31 de agosto foi marcado por temperaturas elevadas, com uma média de 19,3 graus, posicionando-se, mesmo, como "o segundo verão mais quente, depois de 2003, desde que começaram os registos em 1838". Adicionalmente, foi o verão com mais dias de verão, ou seja, com mais de 25 graus, e com mais picos de calor, com os termómetros acima dos 30 graus.
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Segundo o balanço da AgriMeteo, junho "foi mais quente do que a média climática de 1991-2020" e teve "precipitação deficiente na maior parte do país"; julho foi "um mês de ondas de calor e seca" e o segundo julho mais seco desde que há registo, tendência que continuou em agosto, que teve "défices pluviométricos de até -66,6mm".