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Mobilidade

Luxemburgo deve "aumentar os impostos automóveis"

A Greenpeace reivindica a subida da tributação dos veículos consoante o valor, para proteger o ambiente e as famílias mais desfavorecidas.

As viaturas mais poluentes devem ser mais caras e os agregados com mais de uma viatura pagarem impostos mais altos, defende a Greenpeace.

As viaturas mais poluentes devem ser mais caras e os agregados com mais de uma viatura pagarem impostos mais altos, defende a Greenpeace. © Créditos: Shutterstock

Fonte: Redação

Apesar dos transportes serem gratuitos no Luxemburgo, a compra e uso dos automóveis particulares continua a ser muito acessível a uma boa parte da população, o que dificulta a diminuição dos gases poluentes, avisa a Greenpeace.

De modo a reduzir o impacto ambiental, social e financeiro para o país, há que contrariar a tendência da viatura própria e aumentar a atratividade pelos transportes públicos.

Esta organização não governamental apresenta medidas para conduzir esta reviravolta que passam pelo encarecimento dos veículos e do aumento dos impostos automóveis.

Mais poluição, maior tributação

Os automóveis mais poluentes devem assim ser mais caros “através da introdução de um imposto à entrada em circulação ou de uma penalização ecológica significativa”. Como lembra a Greenpeace há que reduzir “as emissões de gases com efeito de estufa, que ainda são muito elevadas no setor dos transportes” no Luxemburgo. A França e a Bélgica já têm em vigor uma medida que penaliza os veículos mais poluentes. "Quando acontecerá o mesmo no Luxemburgo?", questiona.

Por outro lado, as taxas anuais de circulação também deveriam ser aumentadas para os veículos mais caros, uma medida que iria proteger as famílias mais desfavorecidas, defende esta organização ambiental.

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Mais de um carro, mais imposto

Do mesmo modo, as famílias que possuírem mais do que um automóvel devem pagar imposto mais alto, consoante o número de viaturas. A ideia é desmotivar os agregados a terem mais do que uma viatura para que o parque automóvel do país possa diminuir, reduzindo assim a poluição.

Além de que com apenas um veículo por agregado promove-se o “carsharing”, a partilha de viatura por vizinhos, colegas que fazem o mesmo percurso para o trabalho, argumenta a Greenpeace.

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Também as empresas devem ser tributadas com valores mais elevados pelos seus automóveis. Esse orçamento, de dinheiros públicos, deveria ser investido em soluções mais sustentáveis para todos como a ampliação dos serviços ferroviários ou de autocarro para regiões do país mal servidas, realça a organização ambiental.

Como diz a Greenpeace “incentivar a mobilidade suave passa pela carteira” dos residentes, “mas não só”.