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Redução do horário de trabalho

Engel: "Trabalhamos para viver. Não vivemos para trabalhar"

O ministro do Trabalho acredita que reduzir a carga horária laboral pode ajudar a resolver a crise da falta de trabalhadores, já que tornará o país mais atrativo.

Um dos cavalos de batalha de Georges Engel é a redução do tempo de trabalho.

Um dos cavalos de batalha de Georges Engel é a redução do tempo de trabalho. © Créditos: Marc Wilwert/Luxemburger Wort

"Trabalhamos para viver. Não vivemos para trabalhar", disse o ministro do Trabalho, Georges Engel, a propósito da redução do tempo de trabalho. De acordo a revista Paperjam, as declarações foram feitas durante uma conferência na sede do LSAP, a primeira de um ciclo de cinco sessões pré-eleitorais sobre os vários temas da campanha dos socialistas.

Como escreve a revista, "um dos cavalos de batalha de Georges Engel é a redução do tempo de trabalho". O ministro afirmou ainda que "se o tempo de trabalho pode diminuir para que possamos viver melhor, isso é um passo na direção certa", acrescentando que "é preciso fazer de tudo para apoiar esta evolução".

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O ministro lembrou que vivemos há 50 anos com o modelo das 40 horas de trabalho por semana, mas o mercado de trabalho evolui, em parte graças à digitalização, e é necessário que quem trabalha tire proveito disso.

Engel acredita também que reduzir o tempo de trabalho pode ajudar a resolver a crise da falta de mão de obra, já que tornará o país mais atrativo.

"Redução geral" do tempo de trabalho?

Esta não é a primeira vez que o ministro do Trabalho se pronuncia a favor de uma redução da carga horária de trabalho, mas desta vez Engel levantou a ponta do véu sobre o que poderá ser um dos formatos dessa redução.

Ainda segundo a Paperjam, o socialista admitiu a possibilidade de uma "redução geral", embora alguns setores necessitem de flexibilidade como, por exemplo, a construção. Segundo o ministro, a ideia é criar um quadro legal geral, para depois serem encontradas soluções para os setores ou para as empresas. Soluções "adaptadas à situação2.

Do lado dos patrões e de alguns partidos, a tónica tem sido colocada na "flexibilização", em vez da redução do tempo de trabalho. Mas, para Georges Engel, esse será um caminho arriscado, já que a "flexibilização para o patrão é diferente da flexibilização para o trabalhador".

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O ministro do Trabalho já referiu, em várias ocasiões, que a discussão sobre o tempo laboral vai ter como ponto de partida um estudo sobre o assunto que está a ser feito pelo instituto LISER. Os resultados deverão ser divulgados no início de abril.