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Doenças Sexualmente Transmissíveis aumentaram no Luxemburgo

A subida deve-se, sobretudo, à prevalência do número de casos de clamídia entre 2021 e 2022.

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Maria Monteiro

Entre 2021 e 2022, o Luxemburgo registou um aumento de casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), como clamídia, gonorreia ou sífilis, que passaram de 1.755 para 2.171.

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O equivalente a uma subida de 23,7%, informou em comunicado o Ministério da Saúde, a propósito do lançamento da campanha de sensibilização para a prevenção contra estas infeções, na segunda-feira.

Segundo o ministério de Paulette Lenert, o aumento do número de casos de DST no Grão-Ducado no período referido "deve-se principalmente a um aumento dos casos de clamídia".

Uma vez que a maioria destas doenças causa "poucos ou nenhuns sintomas", uma pessoa pode "ter sido infetada e estar contagiosa sem o saber", podendo ter problemas de saúde graves, como SIDA, cancros ou infertilidade.

Sensibilização nas redes sociais e no terreno

Nesse sentido, a prevenção tem um papel essencial. O Ministério da Saúde recomenda uma série de medidas para evitar a transmissão:

  • Vacinar-se contra o HPV (Vírus do papiloma humano) e as hepatites A e B;

  • Utilizar preservativo em todas as relações sexuais e com todos os parceiros cujo estado de infeção seja desconhecido;

  • Fazer o teste de despistagem de DST e VIH regularmente se tiver vários parceiros;

  • Fazer o teste de despistagem de DST e VIH se quiser deixar de usar preservativo com um parceiro habitual;

  • Cumprir os tratamentos prescritos pelo seu médico;

  • Informar o(s) seu(s) parceiro(s) sobre eventuais infeções para poderem testar-se e ser tratados, se necessário;

  • Não partilhar seringas ou outros materiais utilizados no consumo de drogas;

  • Consultar regularmente profissionais de saúde para aconselhamento sobre a prevenção de DST e, se necessário, para fazer o teste.

A campanha de sensibilização do Ministério da Saúde, intitulada "Protection is good for us!" ('A proteção é boa para nós', em português), sublinha a necessidade da prevenção contra as DST, em particular entre os jovens e jovens adultos. "O nosso objetivo é informar sobre os riscos do sexo sem proteção e encorajar os jovens a adotar um comportamento sexual responsável", resume a ministra da Saúde, citada em comunicado.

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A campanha será realizada através da divulgação de mensagens de sensibilização nas redes sociais e de ações no terreno, que decorrem entre maio e julho, "para recordar a importância da testagem e da utilização do preservativo".

As Doenças Sexualmente Transmissíveis representam um grave problema na saúde pública a nível mundial. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um milhão de pessoas contraem uma destas doenças diariamente.

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