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Santo Tirso. Canis, associações e particulares acolheram 190 animais. Petição pede justiça

Mais de 103 mil pessoas assinaram, em menos de 24 horas, uma petição a pedir justiça pela falta de auxílio a animais que estavam em Santo Tirso e que morreram carbonizados. Os 190 animais recolhidos com vida foram acolhidos em canis municipais, associações e por particulares, informou hoje a câmara municipal.

© Créditos: Pan Porto Facebook

Fonte: Lusa

Segundo os números da câmara de Santo Tirso, devido ao incêndio morreram carbonizados cerca de meia centena de animais, especialmente cães, com populares a acusarem a GNR de ter impedido a entrada no local e a GNR a dizer que foram salvos os animais que foi possível e que impediu a entrada de pessoas por uma questão de segurança.

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O tema suscitou muita polémica no domingo e envolveu declarações da autarquia, de partidos políticos e de organizações de defesa dos animais.

O Bloco de Esquerda anunciou que quer explicações dos ministros da Administração Interna e da Agricultura no parlamento, bem como da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), sobre a situação.

O PAN informou que apresentou queixa ao Ministério Público por “crime contra animais de companhia” e pedirá esclarecimentos ao ministro da Administração Interna sobre a morte de dezenas de animais na sequência do incêndio.

Uma petição a pedir “justiça pela falta de prestação de auxílio aos animais do canil cantinho 4 patas em Santo Tirso” reuniu mais de 103 mil assinaturas.

A associação Animal solicitou ao Governo e ao parlamento que sejam apuradas responsabilidades no caso das mortes de animais naquele abrigo particular em Santo Tirso.

Afirma-se que agentes da GNR e a proprietária do terreno impediram que os animais fossem salvos enquanto ainda era possível.

“Esta situação não pode ficar impune”, diz-se no texto da petição, acrescentando-se a seguir que os animais têm direitos e houve uma “negação de auxílio à vida”, sem que a GNR ou a proprietária do terreno tivessem feito algo para salvar os animais e sem que deixassem que fossem socorridos.

A GNR e a proprietária ficaram “indiferentes ao sofrimento” dos animais e devem ser julgados e punidos “pelos crimes de maus tratos aos animais de companhia, negligência e falta de auxílio”, diz o texto.