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Ucrânia

"Obrigada, Portugal". Centenas de pessoas esperaram por Marcelo em Belém

O que começou por ser um cordão humano transformou-se numa concentração de várias centenas de pessoas em frente à residência oficial do Presidente da República português, em Belém.

Manifestantes concentram-se em frente ao Palácio de Belém durante um Cordão Humano pela Paz na Ucrânia que fez um percurso do Restelo até Belém, Lisboa, 26 de fevereiro de 2022.

Manifestantes concentram-se em frente ao Palácio de Belém durante um Cordão Humano pela Paz na Ucrânia que fez um percurso do Restelo até Belém, Lisboa, 26 de fevereiro de 2022. © Créditos: LUSA

Fonte: Lusa

Várias centenas de pessoas estão desde as 18:00 concentradas em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, depois de terem integrado um cordão humano pela paz na Ucrânia, que começou a formar-se na zona do Restelo.

Entre muitas bandeiras ucranianas [azuis e amarelas] e algumas portuguesas, os manifestantes de ambos os países seguram cartazes, nomeadamente contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e pedem paz para a Ucrânia, condenando a invasão russa iniciada na madrugada de quinta-feira

“Putin terrorista” e “Parem a guerra, parem Putin, parem a Rússia” são algumas das frases que se podem ler nos cartazes, alguns escritos em inglês, constatou a agência Lusa no local. Ouviram-se muito ucranianos a viver em Portugal há varios anos a agradecer o apoio português:"Obrigada, Portugal", ouviu-se em uníssono, assim que o Presidente da República chegou (19:26, hora portuguesa).

"Gostas de Portugal"?, perguntou Marcelo a um jovem ucraniano

"Gostas de Portugal"?, perguntou Marcelo, para de seguida ele mesmo responder: "Nós também gpstamos muito de te ter aqui", disse o Chefe de Estado a um jovem.

Muitos cidadãos ucranianos que vivem em Portugal juntaram-se ao cordão humano pela paz no seu país e contaram também com o apoio de inúmeros portugueses que aproveitaram a iniciativa para mostrar solidariedade com a situação dramática vivida na Ucrânia.

O que começou por ser um cordão humano transformou-se numa concentração de várias centenas de pessoas em frente à residência oficial do Presidente da República português, em Belém.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.