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Paralisação

Greve cancela 83 voos em Lisboa e no Porto

Foram canceladas 30 partidas e 23 chegadas em Lisboa e 15 partidas e 15 chegadas no Porto. No aeroporto da invicta há voos cancelados de e para o Luxemburgo.

Foto de ilustração.

Foto de ilustração. © Créditos: Homem de Gouveia/Lusa

Fonte: Lusa

A greve de três dias de trabalhadores da Portway, que hoje começou levou ao cancelamento de 83 voos nos aeroportos de Lisboa e Porto, segundo contas da Lusa a partir da informação do 'site' da ANA - Aeroportos de Portugal.

De acordo com os dados consultados pela Lusa, foram canceladas 30 partidas e 23 chegadas em Lisboa e 15 partidas e 15 chegadas no Porto.

A maioria dos voos cancelados são da easyJet, que na quinta-feira avisou que decidiu cancelar previamente alguns voos em Lisboa e Porto devido à greve, informando os seus passageiros.

Esta sexta-feira, há dois voos entre o Porto e Luxemburgo da EasyJet cancelados.

Não foram registados cancelamentos em Faro nem no Funchal, os outros aeroportos abrangidos pelo pré-aviso de greve de três dias, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac).

O pré-aviso prevê a paralisação geral dos trabalhadores da empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira, com início às 00h00 de hoje e fim às 24h00 de domingo.

A ANA - Aeroportos de Portugal e a Portway alertaram na quinta-feira para possíveis perturbações em 22 companhias aéreas que operam nos aeroportos nacionais.

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Companhias que podem ser afetadas

Numa nota divulgada nos seus 'sites' a gestora dos aeroportos nacionais, detida pela Vinci, e a empresa de assistência em terra, do mesmo grupo, publicaram uma lista de "companhias aéreas cujos voos poderão ser afetados pela greve convocada por um sindicato" na empresa de assistência em terra.

As companhias em causa são a Aegean, Air Canada, Air Transat, American Airlines, Blue Air, Brussels, Cabo Verde Airlines, Easyjet, Euroatlantic, European Air Transport, Eurowings, Finnair, Flyone, Latam, Luxair, Swiftair, Transavia, Transavia France, Tunisair, Turkish Airlines, Volotea e Wizzair. Estas empresas recorrem aos serviços da Portway, sendo que existe outra empresa de 'handling' em Portugal, a Groundforce.

Num comunicado, na quinta-feira de manhã, a Portway deu conta da possibilidade de constrangimentos nos aeroportos nacionais, devido à greve, lamentando "os incómodos que esta situação venha a causar aos passageiros".

Tendo em conta o impacto que a greve pode ter nas operações aeroportuárias, a empresa aconselhou ainda os viajantes a confirmarem os respetivos voos junto das companhias aéreas, antes de se dirigirem para os aeroportos.

O sindicato e a Portway não chegaram a acordo quanto à definição dos serviços mínimos para a greve, depois de uma reunião com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

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Causas da greve

A paralisação, marcada para hoje, sábado e domingo, contesta "a política de RH [recursos humanos] assumida ao longo dos últimos anos pela Portway, empresa detida pelo grupo Vinci, de confronto e desvalorização dos trabalhadores por via de consecutivos incumprimentos do Acordo de Empresa, confrontação disciplinar, ausência de atualizações salariais, deturpação das avaliações de desempenho que evitam as progressões salariais e má-fé nas negociações", indicou o Sintac.

O Sintac quer ainda o pagamento de feriados a 100% a todos os trabalhadores e atualizações salariais imediatas, que tenham em conta a inflação.

Esta semana, o mesmo sindicato acusou ainda o Governo de ter lançado um despacho "que viola o direito à greve" dos trabalhadores da Portway que prestam assistência a pessoas com mobilidade reduzida nos aeroportos nacionais e pediu a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), garantindo que a Portway está a "comprometer" os direitos dos trabalhadores.