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Fogo posto: Imigrante português no Luxemburgo nega tudo

O imigrante português no Luxemburgo suspeito de co-autoria dos incêndios no Caramulo nega as acusações, acusando Fernando, de 20 anos, de ter inventado tudo, segundo o Correio da Manhã.

© Créditos: AP

O suspeito, imigrante no Luxemburgo, entregou-se na sexta-feira voluntariamente às autoridades, tendo-se apresentado no Tribunal de Vouzela com o seu advogado.

O Wort.lu/pt apurou que o imigrante português está a ser representado por dois advogados da sociedade de advogados Carlos Pinto de Abreu, a mesma que defendeu os pais de Maddie McCann.

Contactado pelo nosso jornal, o advogado que tem o processo de Patrick Teixeira em mãos recusou prestar informações sobre o caso, por este estar ainda em segredo de justiça.

O Correio da Manhã (CM) avançava na sexta-feira que Patrick terá negado todos os factos, alegando que não tinha sido multado pela GNR por não ter carta de condução válida, durante as férias em Portugal. O pai do imigrante português tinha dito isso mesmo ao Wort.lu/pt há uma semana, acusando Fernando, o outro alegado co-autor dos crimes, de ter mentido.

Recorde-se que o jovem de 20 anos, que se encontra em prisão preventiva desde final de Agosto, acusou o imigrante português de o ter instigado a atear o fogo, como vingança por ter sido multado pela GNR.

De acordo com o CM, a estratégia não terá resultado, porque a Polícia Judiciária terá conseguido confirmar que o suspeito tinha sido mesmo multado. Uma informação que o Wot.lu/pt não conseguiu confirmar.

O imigrante português acabou por ficar em prisão preventiva, depois de ter sido ouvido durante várias horas. Determinante para impor a medida de coacção mais gravosa terá sido, além do perigo de fuga, também o alarme social provocado pelos crimes.

O imigrante português e Fernando foram mesmo alvo de uma campanha de ódio no Facebook, que a Polícia do Luxemburgo considerou instigação à violência.

A página "Vamos encontrar o Incendário [sic] Patrick", que contava com mais de 22 mil utilizadores, acabaria por ser desactivada de forma voluntária na madrugada de sábado, depois de a Polícia do Luxemburgo ter emitido um alerta avisando os utilizadores do Facebook de que os comentários "que incitam à violência" podem constituir crime, punido com pena de prisão até um ano.

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