Conservação de vias vai custar 111,3 milhões de euros à Estradas de Portugal
A Empresa Estradas de Portugal (EP) anunciou hoje ter investido em obras de conservação e segurança rodoviária, durante o último ano, 80 milhões de euros, verba que deverá subir para 111,3 milhões em 2013.
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Fonte oficial da EP explicou à Lusa que em 2012 foram investidos 16,8 milhões de euros na conservação periódica de pontes e 3,5 milhões em segurança rodoviária.
A maior fatia do investimento foi, no entanto, para trabalhos de conservação corrente, que custaram 48,4 milhões de euros.
Actualmente, sob jurisdição direta, a EP conta com 13.516 quilómetros de estradas em Portugal continental e os mesmos trabalhos de conservação, segurança rodoviária e manutenção custaram, em 2011, mais de 102 milhões de euros, indicou a mesma fonte.
O distrito de Beja é o que apresenta a maior extensão de estradas da Rede Rodoviária Nacional (RRN) gerida pela EP, com 1.243 quilómetros, seguido de Santarém (977), Bragança (966) e Évora (901).
Entre 2011 e 2012, a EP investiu neste tipo de empreitadas cerca de 180 milhões de euros, com o custo de conservação corrente por quilómetro a cifrar-se, inalterado, em 3.600 euros nos dois anos.
A empresa justifica a estabilização deste custo com a "continuada optimização do modelo de gestão da conservação da rede", a qual permite "assegurar maior racionalidade nos investimentos em conservação, conjugando as intervenções de manutenção/conservação corrente, com a reabilitação/conservação periódica".
Para 2013, a empresa que gere a Rede Rodoviária Nacional (RRN) prevê investimentos de manutenção, conservação e reabilitação de 111,3 milhões de euros, sendo que deste total 49 milhões serão para contratos de conservação corrente.
Os restantes trabalhos consistirão na conservação periódica, de pontes (32,3 milhões de euros) e de estradas (30 milhões de euros).
Investimentos que, segundo a EP, se justificam com uma "política consistente e reiterada" na conservação e requalificação da "qualidade" da rede rodoviária.
Consistem em trabalhos de reparação e beneficiação dos pavimentos, melhoria dos sistemas de drenagem das vias, conservação de pontes e viadutos, incremento da segurança rodoviária ou limpeza de bermas e dos terrenos adjacentes à estrada, entre outros.
Deste programa de intervenções consta ainda a reabilitação ou substituição de obras de arte, a conservação periódica de troços de estrada, assim como a beneficiação e incremento da segurança rodoviária e conforto dos utilizadores da estrada.
Fruto das intempéries verificadas desde o final de 2011, a EP anunciou há poucas semanas a implementação do Plano de Recuperação de um Inverno Rigoroso (PRIR), reforçando com 20 milhões de euros a execução de 41 empreitadas de conservação da RRN sob jurisdição directa.
Este plano contempla a execução de trabalhos cuja necessidade resulta "dos danos causados nas estruturas rodoviárias pelas condições excecionalmente adversas que se fizeram sentir no último Inverno um pouco por todo o país".