Esta portuguesa está grávida do marido que morreu há 4 anos
É o primeiro caso de gravidez por inseminação post mortem em Portugal.
© Créditos: Instagram
A luta de Ângela Ferreira começou quando o marido, Hugo, diagnosticado com cancro, morreu em 2019. Esta cabeleireira do Porto queria engravidar do marido e foi a sua história que motivou à mudança da lei de procriação medicamente assistida (PMA), de 2006.
Quatro anos depois, pode finalmente comemorar uma gravidez planeada por ambos. Esta segunda-feira, Ângela fez o anúncio no Instagram. "Foram anos de luta, o processo foi longo e demoroso… mas finalmente conseguimos! É com uma alegria enorme e com o coração cheio que partilho que batem dois corações dentro de mim".
Quando estava doente, Hugo fez a recolha e criopreservação de esperma e deixou autorizado por escrito que Ângela poderia continar os tratamentos para engravidar após a sua morte. Este é o primeiro caso de gravidez por inseminação post mortem em Portugal.
Longo caminho
Uma reportagem sobre o caso de Ângela, em 2020, deu origem a uma debate público e a uma petição, seguida de uma iniciativa legislativa de cidadãos, que foi discutida e votada na Assembleia da República.
Vetado pelo Presidente da República, o texto viria a ser aprovado seis meses depois no Parlamento com propostas de alteração de vários partidos. Desta vez, seria promulgado pelo Presidente da República e está em vigor desde novembro de 2021.