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“Se houver pessoas em Cabul com ligações ao Luxemburgo por favor, avisem-nos”

Xavier Bettel avançou ainda não poder “garantir” que não haja ainda mais famílias ou pessoas com ligações ao Luxemburgo que estejam em Cabul e a passar momentos de perigos e que necessitem de ser repatriadas.

© Créditos: Guy Jallay

O primeiro-ministro manifestou hoje a sua alegria pelo grupo de nove pessoas retidas durante uma semana em Cabul já estejam em segurança, na Europa.“Fizemos tudo para as repatriar”, disse Bettel explicando que o governo se multiplicou em contactos diplomáticos com a Bélgica, Holanda, França e Alemanha para que o grupo pudesse sair de Cabul e regressar ao Luxemburgo.

O governante agradeceu os esforços “dos nossos alidados” para que os nove cidadãos pudessem agora, já estar em solo europeu.

Xavier Bettel avançou ainda não poder “garantir” que não haja ainda mais famílias ou pessoas com ligações ao Luxemburgo que estejam em Cabul e a passar momentos de perigos e que necessitem de ser repatriadas.

“O Luxemburgo tem responsabilidades para com esse país, tal como a comunidade internacional e para com as pessoas e residentes retidos em Cabul”.

Ao contrário de outros países, o Luxemburgo ficará “feliz de acolher os refugiados afegãos e dar-lhes possibilidade de construir uma nova vida no nosso país”, salientou Bettel.

“Poderão existir ainda mais pessoas, mas não se manifestaram ainda. Por isso, caso existam peço para entrarem em contacto connosco o mais rapidamente possível”.

“O Luxemburgo tem responsabilidades para com esse país, tal como a comunidade internacional e para com as pessoas e residentes retidos em Cabul”.

Uma tragédia humanitária no Afeganistão

“Uma tragédia humanitária, com milhares de pessoas com medo de perder liberdades e até a própria vida”. É desta forma que o primeiro-ministro, Xavier Bettel, descreve a atual situação no Afeganistão.

Para o líder do Governo luxemburguês é claro que as forças internacionais que estiveram no Afeganistão nos últimos 20 anos fracassaram no objetivo de preparar os militares afegãos a proteger o país dos talibãs, que retomaram o poder há exatamente 15 dias.

Mas Bettel diz que “não pode garantir que todas as pessoas com ligações ao Luxemburgo estejam em segurança”, já que “as pessoas não são obrigadas a declarar a sua partida para o Afeganistão”.

Os cidadãos que foram hoje repatriados para a Bélgica e que agora vão ser encaminhados para o Grão-Ducado tinham sinalizado a sua partida para aquele país do Médio Oriente. Todas tinham passaporte luxemburguês.