Restam "poucos civis" em Bakhmut, ponto crítico dos combates na Ucrânia
Segundo o presidente ucraniano, no ano passado a cidade tinha 70.000 habitantes.
Um civil apanha lenha para se aquecer e cozinhar na cidade do leste da Ucrânia, a 22 de dezembro © Créditos: Sameer AL-DOUMY/AFP
"Apenas alguns civis" vivem hoje na cidade de Bakhmut, ponto crítico da frente de batalha no leste da Ucrânia, disse esta quarta-feira Volodymyr Zelensky.
"No ano passado, 70.000 pessoas viviam lá. Agora só restam alguns civis", disse o presidente ucraniano no Facebook, sem especificar quantos civis ainda se encontram na cidade.
As forças russas e paramilitares do grupo Wagner têm tentado, até agora sem sucesso, conquistar Bakhmut desde o Verão, à custa de grandes perdas de ambos os lados e de um enorme rasto de destruição.
"Não há lugar (na cidade) que não esteja coberto de sangue. Não há uma hora sem o terrível rugido da artilharia", lamentou Zelensky na quarta-feira, acompanhando a sua mensagem com várias fotografia que mostram a extensão dos estragos na cidade.
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Os jornalistas da AFP, que visitaram Bakhmut várias vezes nas últimas semanas, constataram estas condições de vida muito difíceis, uma vez que a cidade se encontra sem acesso a água ou eletricidade.
Volodymyr Zelensky tinha visitado Bakhmut a 20 de dezembro, na véspera de uma visita de alto nível a Washington, nos Estados Unidos, de onde trouxe uma bandeira ucraniana que lhe foi entregue pelos soldados na frente.