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Papa revela que o seu antecessor Bento XVI está "gravemente doente"

Ao final da manhã, a Santa Sé confirmou que o estado de saúde do antecessor de Francisco tinha "piorado nas últimas horas" devido à sua "idade avançada".

© Créditos: AFP

Fonte: Redação

O Vaticano confirmou o agravamento do estado de saúde do Papa emérito Bento XVI.

O Papa Francisco tinha anunciado esta quarta-feira que o seu predecessor, com 95 anos de idade, estava "gravemente doente" e que estava a rezar pelo homem cuja demissão em 2013 por razões de saúde surpreendeu o mundo e os católicos, em particular.

Perante os fiéis reunidos no Vaticano, como acontece todas as quartas-feiras, o Papa Francisco apelou a uma "oração especial" pelo seu predecessor. "Para manter viva a sua memória, porque ele está gravemente doente, para pedir ao Senhor que o console e o apoie", afirmou.

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Ao final da manhã, a Santa Sé confirmou que o estado de saúde do teólogo alemão tinha "piorado nas últimas horas" devido à sua "idade avançada", e acrescentou que o antigo Sumo Pontífice tem estado sob constante supervisão médica. "No final da audiência geral, o Papa Francisco foi ao mosteiro Mater Ecclesiae para visitar Bento XVI", disse Matteo Bruni, diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, numa declaração citada pela AFP.

Bento XVI, cujo nome original é Joseph Ratzinger, tem atualmente 95 anos e foi Papa entre 2005 e 2013, quando abdicou, devido a problemas de saúde, e passou a ser emérito da diocese de Roma.

Após oito anos de um pontificado marcado por múltiplas crises, o teólogo alemão viu-se envolvido, no início de 2022, pelo escândalos de pedofilia na Igreja. Questionado por um relatório na Alemanha sobre o tratamento que deu a casos de abuso sexual quando era arcebispo de Munique, Ratzinger pediu "perdão", mas assegurou que nunca tinha encoberto nenhum pedófilo.

Porém, em janeiro de 2021, Bento XVI reconheceu que participou numa reunião importante, em 1980, sobre um padre alemão suspeito de agressão sexual a menores.

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Segundo assegurou o Papa emérito, num livro de confidências publicado em 2016, a sua renúncia, anunciada a 11 de fevereiro de 2013, foi uma decisão pessoal ligada ao agravamento da sua saúde e não à pressão dos escândalos que afetavam a instituição religiosa.

O antecessor de Francisco foi o primeiro Papa a renunciar em 600 anos, depois de Gregório XII em 1415. Vive há cerca de 10 anos no mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano.

(Com Lusa e AFP)