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Obama garante que programas de vigilância de comunicações são legais

O Presidente norte-americano, Barack Obama, diz que os programas de vigilância de comunicações executados pelos serviços de segurança foram autorizados pelo Congresso, assegurando ainda que “ninguém ouve” as chamadas telefónicas dos cidadãos norte-americanos.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou hoje que os programas de vigilância de comunicações executados pelos serviços de segurança foram autorizados pelo Congresso, assegurando ainda que “ninguém ouve” as chamadas telefónicas dos cidadãos norte-americanos.

Na mesma intervenção, o chefe de Estado norte-americano considerou indispensável alcançar um “compromisso” entre segurança e vida privada, numa altura em que os Estados Unidos permanecem sob ameaça de ataques terroristas.

É a primeira vez que Barack Obama fala publicamente sobre este assunto, que gerou polémica após a divulgação de informações nos 'media' sobre uma gigantesca operação de recolha de dados.

O jornal britânico The Guardian publicou, na terça-feira à noite, uma ordem judicial da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos que força a operadora Verizon a entregar diariamente a totalidade dos dados telefónicos dos seus 121 milhões de clientes (de fixos e móveis).

A ordem citada – datada de 25 de abril e em vigor entre abril e julho – concede ao governo federal dos Estados Unidos poderes ilimitados para aceder a números de telefone e à localização e duração das chamadas.

“Os programas que têm sido falados nos últimos dois dias na comunicação social são secretos no sentido em que são classificados, mas eles não são secretos no sentido em que, e no caso dos dados telefónicos, todos os membros do Congresso [norte-americano] estão cientes do assunto”, declarou Obama, em San Jose, no estado norte-americano da Califórnia (costa oeste).

“As comissões [do Congresso] estão plenamente informadas sobre os programas (…) que foram autorizados por largas maiorias, dos dois partidos, desde 2006”, acrescentou o Presidente.

Procurando tranquilizar os cidadãos norte-americanos sobre a proteção das suas comunicações e dados privados, Barack Obama garantiu: “Ninguém ouve as vossas chamadas telefónicas. Esse não é o propósito do programa”.

Os serviços de segurança “examinam números de telefone e a duração das chamadas. Não olham para o nome das pessoas. Não examinam o conteúdo. Mas analisando estes dados, podem identificar pistas sobre pessoas que podem recorrer ao terrorismo”, assegurou o chefe de Estado norte-americano.

Obama recordou ainda o discurso que proferiu há cerca de duas semanas sobre a estratégia antiterrorista dos Estados Unidos.

“Afirmei, então, que um dos aspetos que devíamos discutir e debater era a procura de um equilíbrio entre a necessidade de garantir que os americanos estão seguros e as nossas preocupações sobre a proteção da vida privada”, explicou o líder norte-americano.

“Existem compromissos que são necessários”, concluiu.

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