Número de refugiados da Ucrânia ultrapassa os dois milhões
A Polónia é, até à data, o país que mais recebeu cidadãos ucranianos que fugiram da guerra, mais de metade do total.
Cidadãos ucranianos tentam entrar num comboio na estação de Odessa, que as autoridades pensam ser um dos próximos alvos militares da Rússia, depois da invasão de 24 de fevereiro. © Créditos: Bulent Kilic/AFP
O número de pessoas que fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, ultrapassou esta terça-feira os dois milhões, anunciou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Até esta segunda-feira de manhã tinham fugido da Ucrânia 2.011.312 pessoas, de acordo com dados divulgados do ACNUR, citados pela agência francesa AFP.
A Polónia é o país que mais recebeu cidadãos ucranianos que fugiram da guerra - 1.204.403 de pessoas - o que corresponde a mais de metade.
Além da Polónia, também a Roménia, Hungria e Moldova concentram muitos dos refugiados, enquanto 103.000 viajaram para outros países na Europa, segundo a agência especializada das Nações Unidas, entre eles o Luxemburgo e Portugal.
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No Luxemburgo, a onda de solidariedade vai desde as ações governamentais à sociedade civil, com famílias a voluntariar-se para acolher refugiados, ir buscá-los às fronteiras ou enviar bens alimentares e materiais para quem ainda permanecem na Ucrânia.
Segundo as autoridades ucranianas, a invasão militar russa da Ucrânia, desde 24 de fevereiro, já causou pelo menos 2.000 mortos entre a população civil.
Horas depois da Rússia ter concordado em criar corredores humanitários das regiões de Kiev, Kharkiv, Donetsk e Kherson, a Ucrânia denunciou que o regime russo estava a "sabotar" a abertura destes mesmos corredores humanitários, continuando os bombardeamentos.
(Com Catarina Osório)