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Reforma das pensões

Macron. Reforma "necessária" deverá entrar em vigor "até ao final do ano"

O presidente francês disse que a nova lei permitirá que "1,8 milhões de pensionistas comecem a ser aumentados, em média, cerca de 600 euros por ano".

© Créditos: Emmanuel DUNAND/AFP

Fonte: AFP

O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta quarta-feira que a polémica reforma das pensões é "necessária" e deverá "entrar em vigor até ao final do ano", durante uma entrevista televisiva à TF1 e à France 2.

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"Esta reforma é necessária. Não me deixa feliz, gostaria de não a ter feito, mas foi também por isso que me comprometi a fazê-la", referiu. O chefe de Estado espera que a nova lei entre em vigor "até ao final do ano" para que "1,8 milhões de pensionistas comecem a ser aumentados em cerca de 600 euros por ano em média".

O Presidente da República, que enfrenta protestos políticos e sindicais cada vez mais fortes desde a adoção da reforma com recurso ao artigo 49.3 - que lhe permitiu forçar a aprovação da reforma sem passar pela Assembleia Nacional -, considerou também que "o projeto de todas as oposições e de todos aqueles que se opõem" à reforma, "é o défice", que compara a uma "fórmula mágica".

"O que é o défice?", perguntou Emmanuel Macron. "Significa, na verdade, que escolhem fazer os vossos filhos pagar porque, hoje, recusam-se a decidir com clareza e coragem", continuou.

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Na terça-feira à noite foram organizados novos protestos contra a reforma em várias grandes cidades francesas, algumas das quais, incluindo Paris, foram palco de tensões entre a polícia e os manifestantes. "Não podemos aceitar nem facciosos nem facções", argumentou o chefe de Estado.

"Quando os Estados Unidos viveram o que viveram no Capitólio, quando o Brasil viveu o que viveu (...), digo-vos muito claramente", atirou, denunciando entre os manifestantes "grupos que usam a violência". "Não toleraremos quaisquer abusos", advertiu.