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Luxemburguês eleito vice-presidente do Parlamento Europeu

O socialista Marc Angel vai, assim, ocupar o lugar deixado vago pela grega Eva Kaili, detida por alegado envolvimento num caso de corrupção.

O socialista Marc Angel foi nomeado para o cargo com 307 votos, a maioria absoluta, esta quarta-feira

O socialista Marc Angel foi nomeado para o cargo com 307 votos, a maioria absoluta, esta quarta-feira © Créditos: Frederick FLORIN/AFP

Fonte: AFP

O Parlamento Europeu elegeu, esta quarta-feira, um eurodeputado socialista luxemburguês para substituir a grega Eva Kaili, que foi presa pelo seu alegado envolvimento num caso de corrupção, como vice-presidente da instituição.

O Parlamento Europeu tem 14 vice-presidentes, a quem a presidente, Roberta Metsola, delega certas tarefas, e que podem presidir a debates e sessões de votação.

Numa votação secreta realizada no hemiciclo em Estrasburgo, Marc Angel, 59 anos, eurodeputado desde 2019 (grupo S&D, esquerda), foi nomeado vice-presidente com 307 votos, a maioria absoluta, na segunda volta.

Ler mais:Luxemburguês candidata-se a vice-presidente do Parlamento Europeu

Alguns dias após a sua detenção na Bélgica, Eva Kaili foi destituída das suas funções vice-presidenciais pelo Parlamento Europeu e excluída do grupo S&D.

Kaili continua a ser eurodeputada e é suspeita, juntamente com o seu assistente parlamentar e um ex-eurodeputado de ter recebido centenas de milhares de euros do Qatar para influenciar as posições do Parlamento Europeu sobre o emirado, que nega qualquer corrupção.

PPE e Renew não apresentaram candidatos

Membro de longa data do parlamento luxemburguês, Marc Angel enfrentou a italiana Annalisa Tardino (grupo ID de extrema-direita), que recebeu 185 votos, e a ecologista francesa Gwendoline Delbos-Corfield (98 votos).

O primeiro e terceiro grupos parlamentares, PPE (direita) e Renew (centristas e liberais), não apresentaram candidatos como parte de um acordo político para partilhar certas funções políticas entre os partidos.

Os deputados franceses do grupo PPE lamentaram o facto de o respeito por este acordo político de longa data ter prevalecido sobre o desejo de punir o grupo S&D, do qual faziam parte os eurodeputados no centro do Qatargate.

"Parece-nos totalmente inconcebível dar um cheque em branco a este grupo", disse François-Xavier Bellamy, em nome dos oito eurodeputados franceses do PPE, referindo-se à "necessidade de uma rutura" após o rebentar do escândalo.