Tragédia em Seul. Pelo menos 120 mortos e 100 feridos em debandada
Era o primeiro evento ao ar livre sem máscaras desde a pandemia - só mesmo as de fantasia, para as celebrações de Halloween, enchiam as ruas da capital sul-coreana. Uma fuga em massa transformou uma noite de alegria em tragédia.
© Créditos: AFP
Era uma noite de sábado feliz. O primeiro evento ao ar livre sem máscara desde o início da pandemia e as celebrações de Halloween encheram as ruas estreitas de Seul, a capital sul-coreana. Num volte-face trágico, a alegria, gargalhadas entusiasmadas e a liberdade recém-reconquistada deram lugar ao horror. Pelo menos 120 pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas numa debandada - ainda não se sabe o motivo - atropeladas e esmagadas pela multidão em fuga.
"Às 2.30 da manhã (1730 GMT), 120 pessoas morreram e 100 ficaram feridas", disse Choi Seong-beom, o chefe dos bombeiros da capital sul-coreana, aos repórteres no local. "O grande número de vítimas deve-se ao facto de muitas pessoas terem sido pisadas durante a festa de Halloween", acrescentou, citado pela AFP, dizendo que o número de mortos poderia aumentar.
Um relatório anterior apontava o número de mortos para 59 e o número de feridos para 150.
Os bombeiros da capital sul-coreana tinham inicialmente anunciado que dezenas de pessoas tinham sofrido uma paragem cardíaca no distrito de Itaewon, no centro de Seul.
Hospitais em alerta, pediu o presidente
Na Coreia do Sul, os oficiais de resgate chamam-lhe paragem cardíaca até que um médico declare oficialmente a morte de alguém. Um porta-voz dos bombeiros disse que 140 ambulâncias tinham sido enviadas para o local para tratar as vítimas.
As imagens captadas em vídeo e publicadas no Twitter por testemunhas mostram várias pessoas a serem assistidas na rua pelos serviços de emergência, rodeadas por grandes multidões.
O Presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol pediu aos hospitais que se preparassem para receber os feridos, segundo a AFP.
