Grão-Duque na Letónia: "Estamos na fronteira com o agressor"

Na sua primeira visita de sempre à Letónia, a 150 quilómetros da fronteira com a Rússia, o Grão-Duque Henri fez questão de dizer: "estamos na fronteira com o agressor e sente-se a tensão".

Referindo-se ao "turbilhão da guerra na Ucrânia", o chefe de Estado luxemburguês disse "estar impressionado com o número de refugiados que a Letónia recebeu da Ucrânia".

Um número que já ultrapassa os 45 mil. "Temos que mostrar a nossa solidariedade na União Europeia e na NATO para dar dar mais ajuda à Ucrânia para que esta guerra chegue ao fim ", sublinhou na sua declaração aos jornalistas. Henri sublinhou ainda a boa integração dos cerca de cinco mil refugiados ucranianos que o Luxemburgo recebeu.

Grão-Duque Henri e Egils Levits, presidente da Letónia. © Créditos: SIP

Também o presidente da Letónia, Egils Levitz, afirmou que a "Ucrânia tem que ganhar esta guerra" sublinhando a disponibilidade para "dar todo o apoio ao país". O chefe de Estado apelou a que "se invista mais nas capacidades de segurança na fronteira da União Europeia e da Nato com a Rússia".

Uma solidariedade que se sente por todas as ruas de Riga onde são visíveis muitas bandeiras da Ucrânia.

Recorde-se que o presidente da Letónia viveu 15 anos no Luxemburgo, onde trabalhou como juiz no Tribunal Europeu.

A proximidade dos dois países foi sublinhada nas declarações dos dois chefes de Estado que manifestaram a vontade de aprofundar ainda mais as relações nos setores da tecnologia e logística.

O Luxemburgo está na lista dos dez países que mais investem na Letónia.

Mas o presidente da Letónia foi mais longe lançando o desafio: "a cooperação entre países bálticos e países do Benelux deve ser aprofundada".

O Contacto está na Letónia a acompanhar a visita do chefe de Estado luxemburguês.