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Gaza. Míssil israelita faz ruir edifício em que funcionavam meios de comunicação

É o terceiro grande edifício que Israel faz ruir em Gaza depois de vários ataques contra esta cidade palestiniana. Último balanço das autoridades locais aponta para 56 mortos, incluindo 14 crianças, para além de 335 feridos.

© Créditos: AFP

Bruno Carlos Amaral De Carvalho

É o terceiro grande edifício residencial a ruir em Gaza depois de um míssil lançado por Israel ter atingido o prédio de muitos apartamentos onde, para além dos moradores, funcionavam meios de comunicação locais e internacionais e várias lojas.

Não é a primeira vez que Israel ataca edifícios em que existem órgãos de comunicação social. Também ontem outro prédio de grande dimensão ruiu no centro de Gaza e esta manhã os habitantes desta cidade acordaram com um intenso bombardeamento.

Até ao momento, não há informações sobre vítimas deste ataque mas o último balanço das autoridades palestinianas em Gaza aponta para 56 mortos, incluindo 14 crianças, para além de 335 feridos.

Este é o pior momento desde 2014 no conflito da resistência palestiniana contra a ocupação de Israel. Telavive lançou centenas de ataques aéreos sobre Gaza e os palestinianos responderam com centenas de foguetes artesanais contra o centro e sul de Israel. Há até ao momento, de acordo com a imprensa israelita, seis mortos.

Como uma panela de pressão à beira de rebentar, a tensão entre israelitas e palestinianos derivou em conflito aberto. Há várias semanas, Israel anunciou que não permitia que os árabes residentes em Israel pudessem votar nas eleições palestinianas quando acresce a ameaça de expulsão de milhares de palestinianos das suas casas num bairro de Jerusalém para ser ocupado por colonos israelitas. A comunidade internacional já alertou para o facto de este ato de ocupação constituir um crime de guerra.

Nas últimas noites, a terminar o Ramadão, as imagens de forças israelitas a invadir pela força o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos fez estoirar a paciência dos palestinianos. A repressão policial provocou centenas de feridos e hospitalizados.