Facebooka apaga contas falsas e de teorias da conspiração de apoio a Trump
O Facebook e o Twitter têm estado a remover contas falsas - nos Estados Unidos e em outros países - que tentam interferir no discurso político e influenciar o voto nas presidenciais de novembro.
© Créditos: AFP
Mais de 270 contas que utilizavam perfis falsos para comentar artigos de notícias e, muitas vezes, elogiar o Presidente norte-americano, Donald Trump, foram apagadas da rede social Facebook, anunciou hoje a empresa.
Uma empresa de comunicação digital, sediada no Arizona, que estaria ligada às contas falsas também foi banida do Facebook.
A decisão da empresa, cofundada por Mark Zuckerberg, surge um mês depois de o jornal The Washington Post ter publicado uma reportagem sobre um grupo ‘pró-Trump’, conhecido como ‘Turning Point Action’, que estaria a pagar a adolescentes para fazerem ‘posts’ de apoio ao Presidente dos Estados Unidos, violando as regras do Facebook.
O Facebook e o Twitter têm estado a remover contas falsas - nos Estados Unidos e em outros países - que tentam interferir no discurso político e influenciar o voto nas presidenciais de novembro.
As contas agora apagadas foram criadas em 2018, mas permaneceram sem atividade até junho, altura em que começaram colocar ‘posts’ sobre a pandemia de covid-19, mensagens com críticas ao candidato democrata às eleições de 03 de novembro, Joe Biden, ou elogios ao atual Presidente e candidato republicano.
Segundo o Facebook, foi possível apurar que as contas eram coordenadas pela empresa de marketing Rally Forje, que também já foi banida da rede social.
Na quarta-feira, a empresa anunciou que iria proibir propaganda política, em ‘posts’ sociais ou políticos, no encerramento das urnas de voto para as eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro.
No dia anterior, a rede social indicou que também vai apagar páginas, grupos e contas de Instagram que representam o movimento de extrema-direita que sustenta a teoria da conspiração ‘QAnon’, mesmo que não promovam violência.
Esta teoria da conspiração de extrema direita afirma que há um suposto plano secreto de um alegado "estado profundo" (deep state) contra o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Os adeptos da QAnon afirmam que existe uma cabala mundial de pedófilos que adoram Satanás que governam o mundo e que controlam tudo: políticos, os media e Hollywood. E que teriam continuado a governar o mundo, não fosse a eleição de Donald Trump