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Explosões na Turquia causam 40 mortos

Dois carros armadilhados explodiram hoje na Turquia fazendo uma centena de feridos e pelo menos 40 mortos.

Os atentados surgem um dia depois da imprensa ter revelado que dois mil turcos terão recebido treino militar em bases da Al-Qaida 

Os atentados surgem um dia depois da imprensa ter revelado que dois mil turcos terão recebido treino militar em bases da Al-Qaida  © Créditos: Reuters

De acordo com o ministro turco da Administração Interna, Muammer Guler, o número de mortos aumentou para 40 porque muitos dos feridos estavam em estado critico. Da centena de feridos, 29 encontram-se em estado grave.

Duas viaturas armadilhadas explodiram perto da Câmara Municipal e do posto de correios de Reyhanli, na fronteira sul com a Síria, cerca das 13h45 locais (11h45 no Luxemburgo), danificando gravemente estes edifícios.

As explosões ocorreram um dia depois da divulgação de que nas fileiras da organização terrorista Al-Qaida estão cerca de dois mil cidadãos turcos, que vivem no próprio país, segundo o jornal diário Cumhuriyet.

De acordo com o jornal turco, um relatório da Organização Nacional de Inteligência da Turquia afirma que dois mil turcos receberam treino militar em bases da Al-Qaida no Afeganistão, no Paquistão, na Bósnia e na Chechénia, e que depois regressaram ao seu país para formarem células do grupo.

Nos relatórios dos serviços secretos turcos também há uma referência ao grupo radical islâmico Hezb-ut Tahrir, que se apresenta como uma organização política mas que dispõe de milícias armadas que participaram na luta contra o regime do presidente Bashar al-Assad, na Síria.

Após as explosões dezenas de turcos concentraram-se no centro da cidade para atacar sírios, que responsabilizam pelo sucedido e a polícia turca teve de enviar reforços da capital para controlar os manifestantes e a tensão gerada.

A Turquia acolhe mais de 300 mil refugiados sírios, a maioria deles em acampamentos distribuídos pelos 900 quilómetros de fronteira com a Síria.

Reyhanli situa-se perto de Cilvegözü, o posto fronteiriço onde em Fevereiro a explosão de um carros armadilhado causou a morte de 14 pessoas.