Contacto
Crime

Emigrante em França mata a mulher e deixa criança portuguesa órfã

Português não terá aceitado a separação e matou a tiro a mulher, perto de Toulouse. Filho tem onze anos e deverá ficar a viver em Portugal.

Emigrante português terá morto a mulher por não aceitar a separação.

Emigrante português terá morto a mulher por não aceitar a separação. © Créditos: Shutterstock

Fonte: Redação

Segunda-feira de manhã, o casal português que estava em processo de separação, mas continuava ainda a viver junto, foi levar o filho de 11 anos à escola, na localidade de Lagardelle, em Carhors, onde residia.

Já em casa, o português, oriundo de Vila Real, no norte do país, terá morto a mulher, natural de Bragança, com tiros de uma espingarda de caça, tendo de seguida cometido suicídio com a mesma arma.

O emigrante, na casa dos 40 anos, não terá aceite a separação decidida pela portuguesa que tencionava regressar com o filho a Portugal, refere o jornal Mensageiro de Bragança.

Ler mais:"Crianças são sempre vítimas, diretas ou indiretas"

Foram os familiares, que preocupados por não conseguirem contactar o casal e temendo que algo de grave se pudesse estar a passar, que alertaram a polícia desta pequena localidade perto de Toulouse. Quando chegaram a casa dos portugueses, os polícias encontraram o casal morto, confirmando as piores suspeitas da família, conta o jornal francês La Depeche.

O ministério público de Cahors já abriu um inquérito por "homicídio conjugal", revelou o procurador Alexandre Rossi, declarando que tudo indica tratar-se de um "cenário de feminicídio", morte da mulher por violência conjugal.

"Nesta fase, a hipótese mais plausível é a de uma tragédia familiar em que um homem na casa dos quarenta matou a sua mulher com uma caçadeira e depois virou a arma contra si próprio", declarou o procurador à imprensa estimando que tal crime foi cometido por recusa na separação.

Ler mais:Portugal. Criança de sete anos morta pelo avô em Vialonga

Filho deverá vir para Portugal

O filho do casal, de 11 anos, está a cargo de uma associação de apoio às vítimas e dos serviços de proteção da infância do departamento de Cahors, devendo ser entregue aos cuidados da família em Portugal.

Apesar di desfecho trágico, não havia queixas registadas de violência doméstica. "Eram um casal muito discreto, não conviviam com muitas pessoas. Ainda não sabemos o motivo, mas na aldeia [o que aconteceu] é um choque", explicou Yves Chassain, vice-prefeito de Lagardelle ao jornal La Depeche.

As autoridades policiais estão a investigar a vida do casal, se houve suspeitas de violência conjugal, e nesta primeira fase da investigação não descartam a hipótese de que possa ter havido uma terceira pessoa envolvida, embora tudo aponte para que o homicídio tenha sido cometido pelo português.