Desmantelada rede que produziu milhões de notas falsas de 500 euros
O grupo, que atuava na costa leste de Espanha, terá posto em circulação "mais de oito milhões de euros" de dinheiro falso.
© Créditos: Pierre-Philippe MARCOU/AFP
Uma rede que fabricava notas falsas de 500 euros quase indetetáveis a olho nu e que será a maior da Europa na última década, foi desmontada em Espanha, disse esta quinta-feira a polícia, que prendeu 12 pessoas.
A rede, ativa na costa leste de Espanha, nomeadamente em Alicante e Barcelona, é suspeita de ter produzido "mais de oito milhões de euros" de dinheiro falso em notas de 500 euros, detalhou a polícia espanhola num comunicado.
A operação, realizada em conjunto pela polícia regional catalã (Mossos d'Esquadra) e a Europol, levou à detenção de "doze pessoas", incluindo "o tipógrafo" e "os principais distribuidores" da rede.
A investigação começou no verão de 2021, quando foi detetada a circulação de notas de 500 euros de "alta qualidade" com semelhanças com as feitas por uma rede de contrafatores desmantelada quase dez anos antes em Valência.
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Vizinho descobriu notas que não estavam autenticadas
De acordo com Sergi Sanchez, chefe da unidade dedicada ao dinheiro falso dos Mossos d'Esquadra, a investigação foi acelerada quando um saco contendo 4,3 milhões de notas falsas foi descoberto em agosto no exterior da casa de um dos suspeitos, perto de Barcelona, por um vizinho.
Algumas das notas não tinham o "autocolante holográfico" para as autenticar, referiu numa conferência de imprensa em Madrid, onde estavam expostos maços de notas falsas e máquinas apreendidas durante a investigação.
Segundo a polícia, os contrafatores tinham ficado sem material para completar parte da produção devido ao encerramento das fronteiras com a China - onde costumavam abastecer-se - devido à pandemia de Covid-19.
As notas acabadas eram de "excelente qualidade" e quase indetetáveis a olho nu por não-peritos, disse Jorge Ruiz, um investigador da secção técnica da Brigada de Investigação do Banco de Espanha.
Segundo a polícia, o alegado líder da rede já tinha sido implicado e preso em 2009 num outro caso de notas falsas. Acredita-se que tenha conhecido os seus cúmplices enquanto esteve na prisão perto de Valência.