Covid-19. Bélgica quer dar terceira dose da vacina já este ano
Até ao final deste ano, os residentes na Bélgica poderão começar a receber uma terceira dose da vacina, anunciam os peritos. Na Alemanha, o reforço só deverá chegar para o ano.
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A necessidade de administrar uma terceira dose da vacina contra a covid para reforçar a imunidade é cada vez mais unânime entre a comunidade médica e científica a nível mundial.
A Bélgica e a Alemanha estão já a estudar esta terceira dose. Os cientistas da Task Force belgas, o grupo de trabalho que estuda a covid e a vacinação no país preparam já a terceira dose para começar a ser dada o mais rápido possível, até ao final do ano.
"Estimamos que precisamos de iniciar esta terceira dose até ao final deste ano. E certamente em 2022, ofereceremos uma terceira dose a todos", declarou esta manhã Dirk Ramaekers, presidente da Task Force Vacinação na Bélgica aos microfones da RTL belga. Este reforço pode ser dado por médicos de clínica geral, enfermeiros ou farmacêuticos, e numa primeira fase destina-se apenas aos grupos de alto risco explicou o responsável.
"Esta injeção adicional é um reforço da imunidade da vacina". As vacinas atuais possuem uma eficácia que "será de seis a 12 meses", precisou Ramaekers, que está atualmente a trabalhar nos detalhes práticos desta terceira injeção.
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Alemanha: Nova dose para o ano
Também a Alemanha estuda já esta possibilidade. “Em princípio, devemos preparar-nos para que, provavelmente, no próximo ano todos tenhamos de refrescar a nossa proteção imunológica”, admitiu hoje o presidente da Comissão Permanente de Vacinação (Stiko) alemã, Thomas Mertens, numa entrevista publicada pela imprensa do grupo Funke.
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No entanto, a Alemanha ainda não tomou qualquer decisão a esse respeito, estando a aguardar os estudos imunitários que estão a ser efetuados na população já vacinada.
Os responsáveis sanitários dos governos alemão e dos estados federados apenas seguem as recomendações da Stiko.
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Novas variantes
Também em declarações à imprensa do mesmo grupo de comunicação social, o especialista para os assuntos de Saúde do Partido Social Democrata (PSD), Karl Lauterbach, assinalou que, aparentemente, a imunidade dada pela vacina dura cerca de seis meses.
Mertens alertou para o facto de poder ser necessária, com urgência, uma terceira dose se surgirem variantes para as quais as vacinas sejam ineficazes.
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Se assim for, prosseguiu, será necessário adaptar essas fórmulas às mutações e vacinar novamente os imunizados, dando como exemplo as vacinas da AstraZeneca e Johnson & Johnson, “que se mostraram menos eficazes com a variante detetada pela primeira vez na África do Sul.
As empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, também já anunciaram que poderá ser necessária uma terceira dose da sua fórmula para fortalecer a imunidade.