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Primeira Grande Guerra Mundial

Conheça o único batalhão escolar português presente na Primeira Guerra Mundial

De novo com uma ferida aberta no coração da Europa e o mundo ainda nas trincheiras de uma pandemia, algumas imagens que nos chegam da Ucrânia parecem tiradas a papel químico da II e até da Primeira Guerra Mundial. Nesta, o Corpo Expedicionário Português tinha um batalhão “sui generis”, constituído por alunos e professores da Casa Pia de Lisboa, tendo ao comando um professor de Ginástica e Esgrima. O Batalhão de Infantaria 35 foi o único batalhão escolar presente na guerra das guerras. Lá deixou a sua marca. E, como em todas as guerras, o seu sangue.

Exposição sobre a participação da Casa Pia na Primeira Grande Guerra, no Centro Cultural Casapiano, Lisboa, 26 de julho de 2014. Da Casa Pia partiu para a I Guerra Mundial o único batalhão formado numa escola portuguesa, composto por alunos e professores que acreditavam ser a guerra o altar da Pátria. Na instituição ainda há fardas e balas da época.

Exposição sobre a participação da Casa Pia na Primeira Grande Guerra, no Centro Cultural Casapiano, Lisboa, 26 de julho de 2014. Da Casa Pia partiu para a I Guerra Mundial o único batalhão formado numa escola portuguesa, composto por alunos e professores que acreditavam ser a guerra o altar da Pátria. Na instituição ainda há fardas e balas da época. © Créditos: LUSA

Em 1916, a Real Casa Pia já não era real. A república portuguesa era verdíssima. O mundo estava em guerra. Portugal também, embora, para todos os efeitos, só desde o dia 9 de Março de 1916, quando a Alemanha nos declarou guerra, após o apresamento de navios alemães e austro-húngaros em águas portuguesas, no porto de Lisboa, a 26 de Fevereiro desse ano. Até aí, Portugal só tinha cavado trincheiras em África, no norte de Moçambique e no sul de Angola. E, nestas, muitos e bons alunos da Casa Pia tinham arriscado já a sua vida. Porém, talvez pela proximidade, pairava sempre sobre os casapianos, orgulhosos hóspedes dos Jerónimos, uma espécie de fantasma de um velho do Restelo.

E, sempre que se punha em causa o carácter dos alunos da Casa Pia, mesmo nas mais difíceis circunstâncias, lá vinha à baila uma certa procissão, que teve lugar no Rossio, em 1895. Num excerto, publicado no jornal O Dia, a 12 de Junho de 1916, sob o enigmático título “Santo António em África”, recordava-se o mistério, que até hoje permanece: “Faz um destes dias vinte e um anos, por ocasião de se celebrar o centenário Antonino, em 1895, desfilava pela rua do Ouro a procissão. O pavimento dessa artéria e do Rossio, visto de cima, cobria-se literalmente duma turba pintalgada, policroma. De repente, uns papelinhos atirados de uma janela à esquina da calçada do Duque, originam um pânico indescritível. Como nas mágicas representadas num teatro de aperfeiçoados maquinismos, toda a procissão, sacerdotes, meninos do côro, irmandandes, soldados da municipal a pé e a cavalo, toda a multidão se some, como subvertida por um alçapão abaixo. Os santos, nos andores abandonados, tombam e rolam pelo chão as cabeças, os braços, os emblemas. É uma mutação à vista das mais estonteadoras. Os transeuntes apavorados, impelidos por um movimento ascensional de fuga, sobem até aos quartos andares. Perdem-se milhares de sapatos. Até um oficial de engenharia aparece na tabacaria Costa sem uma das suas botas de montar.

Firmes, superiores e dominando o susto geral, ficam apenas o padre Senhor Alfredo Brandão, que vinha debaixo do pálio, e os alunos da Casa Pia, acompanhados pelo professor Cunha Belém, em redor de Santo António. O taumaturgo lembrou-se dos seus dias de batalha, os rapazes viram o seu rosto sorridente e tranquilo e não arredaram pé. Eram do estofo dos bons soldados portugueses”. Fim de citação. Sobre a coragem dos casapianos estávamos conversados.

A monarquia estava defunta desde 1908 e o ideal republicano em vigor desde 1910. Não fossem as intromissões alemãs no mapa colonial português desde o Verão de 1914 e a formalidade incontornável de uma declaração de guerra, às vezes até parecia que a Grande Guerra era coisa longínqua, como se fosse uma questão setentrional, em que os sucessivos governos de Portugal iam gerindo neutralidades, por contradição, à procura de legitimação internacional. Nos quatro anos sangrentos da Grande Guerra, Portugal teve oito executivos governamentais e quatro chefes de Estado.

Mais que nunca, a guerra estava presente. Mas a participação nacional, esteve sempre longe de gerar consenso. Mesmo no longo banho-maria que antecedeu a guerra, com Portugal mergulhado numa profunda crise económica e política, Lisboa pedia meças em modernidade à mais nobre das capitais europeias, com os eléctricos a faíscar pelas artérias da cidade, e o elevador de Santa Justa, pouco mais velho que a República, a contrariar os degraus de progresso que faltavam percorrer. A maquilhagem de urbanidade que Lisboa usava, não era capaz de esconder os traços de ruralidade que o país aqui concentrava, como uma amostra transversal do real país que era, mesmo que este termo, à lei das balas, compradas numa espingardaria do Rossio, tivesse ficado “demodé”.

“O altar da pátria”

© Créditos: Casa Pia de Lisboa I.P./ Centro Cultural Casapiano

Quando Portugal entrou formalmente na Primeira Guerra Mundial, era director da Casa Pia de Lisboa o professor António Aurélio da Costa Ferreira, médico e, por via das circunstâncias, militar desejoso de pisar chão de batalha. Entre as personalidades que compõem a extensa Galeria de Honra da instituição, foi sempre considerado um visionário. Costa Ferreira era apologista da formação militar ministrada aos alunos da Casa Pia e à formação dos chamados batalhões escolares, na tradição dos Batalhões Académicos, forjados na Universidade de Coimbra. O seu ideal formativo, teve à época detractores. A discussão, de vez em quando tornava-se pública, em cartas e contra-cartas publicadas nos jornais de então. O director da Casa Pia defendia corpo são em mente sã, no ideal de “sportsman”, de acepção inglesa, protótipo do homem moderno, que à equação de Vitrúvio faria inveja, não tivessem ficado muitos dos seus exemplares britânicos gaseados, mortos e mutilados numa guerra que já ia longa, se não tivesse de ponto de vista Portugal.

Oficializada a declaração de guerra, com a chancela do império germânico e o acrónimo da tríplice aliança, já não era possível continuar a discussão dos batalhões escolares sem dimensionar a sua participação no esforço de guerra, dentro das forças do Corpo Expedicionário Português. Aurélio da Costa Ferreira fez disso a sua missão. Em múltiplos discursos, de fervor patriótico, dizia ser a guerra o “altar da Pátria”. A 5 de Outubro de 1916, nas comemorações dos seis anos da República, o director da Casa Pia, perante uma plateia repleta de alunos e os seus professores, proclamou isto: “Esta instituição tem dado e vai dar soldados, sargentos e oficiais para o nobre exército português, que se prepara para bater-se na Europa contra os alemães”.

E foi assim que a Casa Pia de Lisboa se transformou na única instituição escolar do mundo a participar activamente na Primeira Guerra Mundial. Nos primórdios de 1917, nasceu o Batalhão de Infantaria 35, constituido em larga maioria por casapianos, rapazes que se formaram ao abrigo dos claustros do Mosteiro dos Jerónimos.

© Créditos: Casa Pia de Lisboa I.P./ Centro Cultural Casapiano

O contingente da Casa Pia era formado por alunos e professores. O seu comandante era o major Luís Borges Soares da Câmara Leme, subdirector da Casa Pia de Lisboa, professor de Ginástica e de Esgrima. Não era um batalhão vulgar, o 35. Para começar, precisamente por ser, na génese, escolar. Não tinha as características de nenhum batalhão que esteve no conflito, pois tinha menos homens e, portanto, muito maior mobilidade. Era uma espécie de pronto-socorro. Pelas funções que lhe foram confiadas nas linhas da Flandres, muitos perderam a vida.

Apesar de tardio, o esforço de guerra português proporcionalmente não foi pouco. O contingente mobilizado para os dois anos finais do conflito ascendeu a 100 mil homens. Sendo que as baixas ultrapassaram as oito mil, sem contabilizar os feridos, os mutilados, os que sucumbiram mais cedo ou mais tarde pelos efeitos da guerra química, uma invenção com patente na Primeira Guerra Mundial. Mesmo com Portugal em paz, ainda que com o mundo em guerra, a população portuguesa estagnou, sendo igualmente difícil encontrar factores de crescimento económico, com o Escudo (moeda portuguesa) a desvalorizar a galope da inflacção. Os surtos migratórios eram internos, engrossando a população das duas grandes cidades, Lisboa e Porto, que esticavam para os arredores, onde pequenas indústrias nasciam tímidas. A emigração aumentou exponencialmente nos anos da guerra. No total, terão sido mais de 500 mil pessoas. Portugal continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira -, por junto, não somavam seis milhões de habitantes. Cerca de 80 por cento da população vivia no campo. E, dos cerca de 20 por cento restante, que compunham a população das cidades, Lisboa e Porto concentravam mais de metade desse número. Era também nas cidades que agudizavam os conflitos sociais, as greves, as vagas de contestação, a sair do efeito anestésico da implantação da República para um contexto de guerra.

Que era exactamente para onde iam os alunos e os professores da Casa Pia, que compunham o Batalhão de Infantaria 35, inundando de orgulho o seu director e os que ficavam a rezar por eles. A profecia de Aurélio da Costa Ferreira cumpria-se. Em Fevereiro de 1917, lá foram para a Flandres os bravos da Casa Pia, em nome da Pátria e da sua casa-mãe, tomar posição no parapeito das trincheiras.

A viagem da bandeira

O Batalhão 35 chegou ao teatro de guerra no dia 26 de Fevereiro de 1917. E, os tempos que se seguiram, são descritos numa carta do Major Câmara Leme, enviada da frente de batalha para o director da Casa Pia, que consta do seu anuário. Dizia isto: “Felizmente, tudo tem corrido pelo melhor, atendendo às circunstâncias. Já fizemos dois estágios nas trincheiras. No último, recebemos o baptismo de fogo. Foi repelido com êxito um raid efectuado pelos boches. A rapaziada portou-se à altura, apesar das péssimas condições em que se encontravam as trincheiras de primeira linha, após muito longo e insistente bombardeamento com morteiros e artilharia”.

O major David Magno, homem de Letras e etnólogo, na Primeira Guerra Mundial era capitão no Regimento de Infantaria nº 13, no CEP, na Flandres. Pela sua conduta conquistou uma Cruz de Guerra na épica batalha de La Lys, na qual participou o maior contingente português, que acabou com uma pesada derrota das forças Aliadas. São dele as melhores descrições do que foi o quotidiano e o comportamento do Batalhão 35 na frente de batalha da Flandres, no “Livro da Guerra – Portugal na Flandres” -, da sua autoria, com edição de 1921. Na página 153, vai directo ao assunto:

“A 2 de Junho, o batalhão assumiu nas trincheiras responsabilidade de defesa, sendo recebido com um bombardeamento de S.O.S., de que resultaram mortos e feridos. De 3/4 deste mesmo mês, o inimigo penetra na direita do 35, o qual ocupava o centro de Neuve Chapelle – II, sendo repelido pelo pelotão do tenente Alberto Teixeira de Faria, sofrendo nós dois mortos, cinco feridos e onze prisioneiros”.

Exposição sobre a participação da Casa Pia na Primeira Grande Guerra, no Centro Cultural Casapiano, Lisboa, 26 de julho de 2014. . Na instituição ainda há fardas e balas da época.

Exposição sobre a participação da Casa Pia na Primeira Grande Guerra, no Centro Cultural Casapiano, Lisboa, 26 de julho de 2014. . Na instituição ainda há fardas e balas da época. © Créditos: LUSA

Quase um mês depois, o Batalhão 35 daria prova do seu carácter: “De 2/3 de Agosto um intenso bombardeamento é feito sobre infantaria 7, que na mesma noite havia rendido o 35. Chamado este Batalhão, por S.O.S., reforçou-o em 45 minutos, pelo que a 2ª Brigada, em ordem número 67 o louvou pela sua prontidão e boa disposição de ânimo. O pessoal trabalha na reparação das linhas, de dia e de noite, sob bombardeamentos, resultando ferimentos, e ganhando louvores pela dedicação e rapidez dos trabalhos”.

O mais duro dos testes, estava a chegar. “De 6/7 de Agosto, desenvolveu-se um violento ataque inimigo a toda a frente do 35, ficando alguns oficiais feridos e inutilizados, bem como sete praças mortos, outros bastante gaseados e inutilizados”.

Essas notícias só chegariam à Casa Pia muito mais tarde. Na Flandres, as forças portuguesas não tinham sequer tempo para respirar: “Na madrugada de 14 de Agosto, em que tem lugar o raide mais importante contra a frente do CEP, encontram-se em toda a linha os seguintes batalhões: à esquerda o 15, ocupando Fauquissart; no centro o 35, ocupando N. Chapelle – II, sob o comando do major Câmara Leme; e na direita o 23, ocupando N. Chapelle – I”.

A força do império germânico não se fez tardar. “Às 04h15 rebenta o bombardeamento, alongando até às nossas batarias de artilharia, fazendo calar a 4ª. A princípio supôs-se que fosse coisa corrente, mas a seguir entrou a engrossar vertiginosamente com indícios de que íamos ser atacados, visto que lançavam também granadas de fumo. As patrulhas de escuta em breve recolhem com a notícia de que o inimigo, numeroso, se encontra a pequena distância. Os corações batem em sobressalto, mas os nossos soldados firmam-se no parapeito, de baioneta armada, de dedo no gatilho e de olhos fitos na frente. As ordenanças levando informações e ordens começam a correr para a rectaguarda e flancos, curvando-se e rastejando, porque os morteiros batem tudo, rasgando parapeitos, abrindo covas e fazendo saltar a terra. As metralhadoras inimigas, por sua vez razam a nossa linha e alguns nossos vão caindo mortos e feridos. Surgem então uns 400 homens de tropas especiais de assalto divididas em duas colunas. Uma fez o ataque demonstrativo, que o 15, à granada de espingarda e a tiro, repeliu prontamente, fazendo-o desviar para a nossa esquerda e engrossar a 2ª coluna. A outra atacou a frente do 35 em que havia 200 metros de trincheira demantelada, entre a Sunken-Road e a cratera de Mauguissart, que o inimigo bem conhecia, como ponto mais fraco”.

Para esta ofensiva alemã, tinha vindo de propósito de Tournai uma grossa parte do poderoso batalhão Sturm, do VI Exército germânico. Forças frescas de um inimigo contra homens muito cansados, em inferioridade numérica. Imperou a lógica: “As nossas perdas foram 17 mortos, 53 feridos (sendo 3 oficiais), 109 feridos de gases (sendo 5 oficiais) e 51 prisioneiros com uma metralhadora”. Nesse dia, entre mortos e feridos, um homem distingue-se. Seria uma figura incontornável da cultura, da literatura portuguesa, jornalista, ensaísta, crítico literário, professor universitário. Naquele momento, era apenas um homem, a quem outros ficaram muito gratos. “Neste combate notabilizou-se extraordinariamente, o alferes miliciano Dr. Hernâni António Cidade, o qual quando o inimigo retirava com os nossos prisioneiros, caiu sobre ele cego de furor e quase abandonado, conseguindo libertar os seus homens e reaver uma metralhadora”.

Dois meses depois destes acontecimentos, o comandante do Batalhão 35, pôde testemunhá-los em pessoa no Mosteiro dos Jerónimos, onde a Casa Pia o recebia com pompa e circunstância. O 35 mantinha-se no posto. E foi para lá que o major Câmara Leme transportou um pedido da Casa Pia, em nome do seu director: “Seja, major Câmara Leme, o mensageiro das nossas homenagens para todos os que lá se batem e de saudades para todos os nossos que lá estão. Leve consigo a bandeira dos nossos rapazes e leve-a não só como lembrança deste dia, mas também para que ela tocando o chão do campo de batalha onde já cairam varados alguns dos nossos, possa voltar até nós, mais valorizada e forte, como íman a magnetizar fosse de novo. Oxalá seja o major Câmara Leme quem no-la possa devolver”. 15 de Outubro de 1917.

Como um bom cavalheiro, perante uma plateia ávida de glória, o major Câmara Leme, ofereceu poucos detalhes da frente. E regressou a França com um cofre, contendo uma bandeira. Segundo o major David Magno, até Dezembro, a rotina do Batalhão 35, que já fora merecedora de vários louvores, foi esta: “acções de patrulha, bombardeamentos locais, represálias e pequenas acções, pondo o batalhão muita abnegação e coragem na defesa do seu sector”.

Nas trincheiras, nada de novo. O tempo passava depressa e como se nunca acabasse. A fome grassava. Então como agora, a guerra devorava criteriosamente as forças dos homens. A “carne para canhão” começava a denotar cansaço. Não sabendo que se aproximavam das trincheiras batalhas decisivas, a moral não era a melhor.

Em Abril de 1918, começaram a manifestar-se sinais de “insubordinação”, pelo menos num batalhão do CEP. No entanto, “Em 4 de Abril, o 35 resistiu ao contágio da insubordinação do Batalhão 7. Apesar de cansado e arrasado, foi honrosamente ocupar o seu lugar nas linhas”. O Batalhão 35 não ficaria imune. “Em 4 de Setembro, seguiu o 35 para perto de Le Choques, onde bivacou. Infelizmente, nesta altura deu-se a insubordinação dos batalhões que, fatigados e desiludidos de rendições impossíveis, entendia que não deviam voltar para a frente até ao último homem. Infantaria 35 começando a manifestar-se em 23 de Setembro, revoltou-se em 29, travando-se na manhã neste dia um verdadeiro combate, conseguindo os oficiais e sargentos e algumas praças submetê-lo com bastante risco”. Os ânimos serenaram. “Depois, o Infantaria 35, reorganizado e constituído o V Batalhão do CEP, acompanhou honradamente o 23 para a frente”. Onde, mais uma vez, ignorou o cansaço para demonstrar os seus pergaminhos. Conquistados ali mesmo, na mais sangrenta das guerras.

O Armistício de Compiègne foi assinado a 11 de Novembro de 1918. Na colónias africanas ou nos campos de batalha na Flandres, mais de uma centena de casapianos, “gansos”, como são conhecidos, perderam a vida. Muitos mais arriscaram a sua. Dois foram condecorados com a Cruz de Guerra. Dias depois, o comandante do Batalhão 35, major Câmara Leme, que mais tarde seria director da Casa Pia, entrou nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, com um cofre na mão. A bandeira voltava a casa.

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