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Guerra na Ucrânia

Comissão Europeia vai a Kiev em fevereiro

Ursula von der Leyen anunciou que um grupo alargado de comissários europeus irá encontrar-se com membros do governo ucraniano em Kiev. O objetivo é avançar a adesão da Ucrânia à UE e mostrar o apoio europeu um ano após o começo da invasão russa.

Kiev, Ucrânia.

Kiev, Ucrânia. © Créditos: AFP

Jornalista

Existe o ditado de que se não vai Maomé à montanha vai a montanha a Maomé. Isso aplica-se às visitas entre representantes da União Europeia e da Ucrânia. No final de dezembro, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel convidou Zelensky para ir a Bruxelas no próximo dia 3 de fevereiro, onde se sentaria ao lado dos líderes dos 27 países da UE.

Fonte oficial do Conselho alertou, no entanto, que o presidente ucraniano poderia não ir à capital belga por questões de segurança. Na altura, Zelensky estava em Washington onde, durante uma visita relâmpago se encontrou com Biden e foi ao Congresso.

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Esta sexta-feira, o jogo reverteu-se. Ursula von der Leyen anunciou que no próximo mês o colégio de comissários vai reunir-se com o governo ucraniano em Kiev. O objetivo, disse na cerimónia de apresentação da presidência sueca da União Europeia, é avançar os dossiês da negociação da adesão da Ucrânia na UE.

“Vai ser uma boa altura para aprofundar e intensificar os trabalhos”, antes do relatório que será apresentado no próximo outono sobre todo o processo de alargamento dos vários países que neste momento são candidatos à adesão.

A oportunidade de levar o grupo de comissários a Kiev – que terá obviamente sérias questões de segurança envolvidas – é também o de mostrar o apoio dos europeus ao esforço dos ucranianos. “Passaram 10 meses deste o início da guerra. Os ucranianos estão a lutar com o mesmo ardor como no primeiro dia. E nós estamos a apoiá-los com o mesmo vigor como no dia 1”, disse esta tarde a presidente da Comissão Europeia.

Esta semana um estudo do Eurobarómetro deu conta de que os cidadãos europeus estão a favor do apoio da UE ao esforço de guerra dos ucranianos contra Putin, com mais de dois terços a concordarem com as sanções contra a Rússia e o apoio humanitário, militar e financeiro à Ucrânia.

O primeiro-ministro Ulf Kristersson, salientou que a presidência sueca “está muito comprometida com ajudar a Ucrânia a tornar-se um país da UE”. E salientou, na conferência de imprensa em Kiruna - uma cidade 200km a norte do círculo polar Ártico - que “está impressionado com o trabalho que a Ucrânia está a fazer”, na preparação para a entrada na UE.

A Suécia assumiu a presidência da UE a 1 de janeiro, e durante esta sexta-feira foi a abertura oficial do seu mandato, com uma visita de vários representantes europeus a este país nórdico.

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