Autoridades ucranianas relatam ataque míssil da Rússia contra Kiev
Desde a noite de ano novo que a capital ucraniana não era atacada com mísseis.
Na região periférica de Kiev, um edifício residencial na aldeia de Kopyliv foi atingido e as janelas das casas próximas rebentaram. © Créditos: AFP
Várias explosões abalaram Kiev hoje de manhã e minutos depois as sirenes de ataque aéreo soaram devido a um aparente ataque com mísseis em curso contra a capital ucraniana, indicaram as autoridades locais.
O chefe adjunto do gabinete presidencial da Ucrânia, Kyrylo Tymoshenko, disse, no Telegram, que o alvo eram infraestruturas críticas de Kiev.
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A administração militar da cidade indicou que uma parte não identificada de uma infraestrutura foi atingida e que os serviços de emergência já estavam no local do ataque.
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que foram ouvidas explosões no distrito de Dniprovskyi e apelou aos residentes para “permanecerem em abrigos”.
O responsável local disse ainda que caíram fragmentos de um míssil sobre uma área não residencial na zona de Holosiivskyi.
Até cerca das 11h30 locais (menos uma hora no Luxemburgo), não havia conhecimento de mortos ou feridos, e ainda não era claro se várias instalações em Kiev foram alvo de ataques ou apenas a que foi reportada como tendo sido atingida.
Desde a noite de ano novo que a capital ucraniana não era atacada com mísseis.
Na região periférica de Kiev, um edifício residencial na aldeia de Kopyliv foi atingido e as janelas das casas próximas rebentaram, disse Tymoshenko.
Ao início do dia de hoje, dois mísseis russos atingiram Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, informou o governador daquela região.
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Oleh Syniehubov disse que as forças russas dispararam dois mísseis S-300 contra a região industrial de Kharkiv. A extensão dos danos do ataque não era imediatamente clara, mas não foram relatadas quaisquer baixas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.