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Vladimir Putin

Anexação de regiões ucranianas. "Passam a ser nossos cidadãos para sempre"

Putin está a reivindicar cerca de 15% da área terrestre da Ucrânia, que representa a maior anexação forçada na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Os chefes nomeados por Moscovo da região de Kherson, Vladimir Saldo; Zaporizhzhia, Yevgeny Balitsky; o Presidente russo Vladimir Putin; o líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin, e o líder separatista de Lugansk, Leonid Pasechnik

Os chefes nomeados por Moscovo da região de Kherson, Vladimir Saldo; Zaporizhzhia, Yevgeny Balitsky; o Presidente russo Vladimir Putin; o líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin, e o líder separatista de Lugansk, Leonid Pasechnik © Créditos: AFP

Fonte: Redação

Os tratados de anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, foram assinados pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no Grande Palácio do Kremlin, sede da Presidência, esta sexta-feira. Esta é a maior apropriação de terras da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Os líderes separatistas dos quatro territórios ucranianos, Denis Pushilin (Donetsk), Leonid Pasechnik (Lugansk), Vladimir Saldo (Kherson) e Yevgeny Balitsky (Zaporijia), estiveram presentes.

Num discurso de 40 minutos, Putin prometeu a sua anexação de quatro regiões ocupadas na Ucrânia é irreversível. "Passam a tornar-se nossos cidadãos para sempre", disse.

O Presidente exigiu à Ucrânia que parasse de lutar e iniciasse conversações, mas recusou negociar sobre os territórios que está a absorver. "Utilizaremos todos os meios ao nosso alcance para defender as nossas terras", garantiu.

As Nações Unidas denunciaram a anexação como ilegal. O Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy condenou a medida, prometendo prosseguir com a contraofensiva. O diálogo "é impossível com este presidente russo".

Putin está a reivindicar cerca de 15% da área terrestre da Ucrânia, que representa a maior anexação forçada na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. "Isto é comparável à Áustria e à Bélgica juntas. Ou a Dinamarca, Bélgica e Países Baixos juntos. Ou 30% da Alemanha", disse a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, garantindo que "a Rússia tenta reescrever o mapa da Europa".

Em resposta, os EUA acrescentaram centenas de funcionários russos, incluindo o banqueiro central de Putin e o chefe da energia, à sua lista de sanções. "Não vamos ficar parados enquanto Putin tenta fraudulentamente anexar partes da Ucrânia", disse a Secretária do Tesouro, Janet L. Yellen. A União Europeia também planeia novas restrições.