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Aeroporto de Amesterdão proíbe voos noturnos em 2025

A medida trará "paz às imediações" do Schiphol, após anos de queixas relacionadas com o barulho.

© Créditos: Lex Van Lieshout/ANP via epa/dpa

Fonte: AFP

O Aeroporto de Amesterdão-Schiphol anunciou na terça-feira que vai proibir os voos noturnos e os jatos privados para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e a poluição sonora.

Os aviões serão proibidos de descolar entre a meia-noite e as 6h e não serão autorizados a aterrar antes das 5h, disse o diretor-geral do aeroporto em comunicado.

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Espera-se que as mudanças previstas para um dos maiores centros aéreos da Europa entrem em vigor a partir de 2025-2026.

"A única forma de avançar é tornar [o aeroporto] mais silencioso e ecológico, mais rapidamente", afirmou o CEO do grupo Royal Schiphol, Ruud Sondag.

"Durante demasiado tempo pensámos só no crescimento e muito pouco no preço a pagar", acrescentou.

A proibição dos voos noturnos trará "paz às imediações" de Schiphol, após anos de queixas relacionadas com o barulho.

Decisão implica menos 10 mil voos por ano

Isto significa realizar menos 10.000 voos por ano, referiu o responsável.

Também os jatos privados serão proibidos, porque causam "uma quantidade desproporcionada de ruído e emissões de CO2 [dióxido de carbono] por passageiro", acrescentou.

Os jatos privados são responsáveis por cerca de 20 vezes mais emissões de CO2 do que um voo normal, sublinha o comunicado do aeroporto.

Em novembro, a polícia holandesa prendeu centenas de ativistas climáticos que invadiram a pista do Schiphol, que percorreram de bicicleta, e se posicionaram em frente de jatos privados para os impedir de descolar.

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O Governo dos Países Baixos já tinha dito em junho de 2022 que pretendia reduzir os voos em Schiphol para 440.000 por ano até 2024, de um nível pré-covid de 500.000, para limitar a poluição sonora e as emissões.

Em março deste ano as principais companhias aéreas que ali operam, incluindo a KLM, Delta e EasyJet, anunciaram que estão a tomar medidas legais contra o Executivo holandês para protestar contra a medida.