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Vídeo. Dragões a voar no Luxemburgo? Vem aí o Ano Novo Chinês

Este sábado, a Place d’Armes deu as boas-vindas antecipadas ao Ano do Rato, que começa dia 25 de janeiro. Dois dragões desfilaram pelas ruas da capital e mais tarde o palco foi dos leões que, com os seus passos de dança e acrobacias, atraíram boas energias e prosperidade para 2020.

Há histórias e lendas que passam de geração em geração. E a mitologia chinesa é repleta delas. Até o Ano Novo Chinês esconde uma lenda por trás. Diz-se que antigamente havia um monstro de dentes afiados chamado Nian. Uma vez por ano, Nian ia até às aldeias e entrava nas casas das pessoas para as comer e também aos seus bens mais valiosos. Os habitantes eram obrigados a fugir para as montanhas. Até que um dia, um homem mais velho descobriu que o monstro tinha medo de barulho e da cor vermelha.

Desde então, os habitantes começaram a acender a lareira das suas casas – para ouvir o estalar do bambu a ser queimado - e a vestir roupa vermelha. Agora, Nian não passa de uma lenda, mas a tradição mantém-se, com o fogo de artifício e as lanternas e faixas vermelhas penduradas nas casas.

© Créditos: Sibila lind

O Ano Novo chinês é considerado uma das datas mais importantes para a comunidade chinesa. Ele é determinado pelo calendário lunar, o que faz com que a data varie de ano para ano. Este ano, vai começar no dia 25 de janeiro, mas no Luxemburgo os festejos decorreram mais cedo.

A Place d’Armes deu as boas-vindas ao Ano do Rato, com o famoso desfile de dragões, uma dança de leões, vários ateliers - construção de lanternas em papel, pintura de máscaras, caligrafia chinesa - e ainda uma demonstração de Tai chi.

“O Ano do Rato é o início de um novo ciclo, porque o rato é o primeiro animal do ciclo de 12 animais”, explica Jauffrey Bareille, fundador e diretor do Instituto Confucius, um dos organizadores deste evento. “O rato simboliza sobretudo inteligência, altruísmo e felicidade”.

© Créditos: Sibila Lind

O Instituto Confucius abriu as portas no Luxemburgo em 2018, com o objetivo de promover a língua e a cultura chinesa em conjunto com a Universidade Fudan, em Xangai. “Em 2019, pouco mais de um ano após a abertura, acolhemos cerca de 200 alunos. São pessoas que vêm tanto por curiosidade como por necessidade”, conta Bareille. “Há pessoas que se sentem intrigadas e outras que querem desenvolver um negócio ou precisam da língua chinesa para trabalhar”.

É a segunda vez que o Instituto Confucius organiza o festival do Ano Novo Chinês na capital, que voltou a atrair centenas de pessoas. “Este evento é para todos, seja locais ou chineses”, diz Bareille. “Para os chineses é uma forma de matar saudades do país, para os outros é uma forma de conhecer um pouco mais a cultura chinesa”.