Vídeo. Desculpas de Monica Semedo não convencem Mulheres Socialistas
Veja o vídeo da suspensão da eurodeputada anunciada em plenário do Parlamento Europeu.
© Créditos: Guy Jallay/Luxemburger Wort
A suspensão da eurodeputada Monica Semedo, eleita pelo Partido Democrático (DP), durante 15 dias do Parlamento Europeu (PE), por assédio moral contra os seus assistentes parlamentares, caiu que nem uma bomba.
Os comentários nas redes sociais não tardaram após o anúncio de ontem à noite do presidente do PE, com muitos internautas a exprimirem a sua revolta face à atitude da jovem deputada. Alguns chegam mesmo a pedir a sua demissão do cargo de deputada europeia, considerando que "o sucedido mancha a imagem do Luxemburgo". Esta foi a primeira vez que um eurodeputado do Luxemburgo foi suspenso no Parlamento Europeu, em Bruxelas. A decisão foi anunciada em plenário na segunda-feira à tarde. Veja o vídeo abaixo (com tradução portuguesa), a partir do minuto 03:01 (até ao minuto 04:14):
Uma das reações do Grão-Ducado chegou das Mulheres Socialistas do Luxemburgo que lamentaram o sucedido em comunicado defendendo que o assédio moral e as consequências para as vítimas continuam a não ser levados a sério "por muitos".
Depois do anúncio da suspensão a eurodeputada emitiu um pedido de desculpas dizendo que "desde o início do seu mandato - e mesmo antes disso - é muito exigente consigo própria e com a sua equipa, o que infelizmente criou tensões".
Para o coletivo esta mensagem não é um pedido de desculpas, mas uma forma de justificar a sua atitude, culpando os seus assistentes parlamentares por "não conseguirem atender às suas exigências".
Ler mais:Monica Semedo. Eurodeputada do Luxemburgo suspensa por assédio moral
O facto de a eurodeputada falar simplesmente em "tensões" mostra que ainda não percebeu o que fez de errado, argumentam. A suspensão da eurodeputada luxemburguesa foi anunciada na segunda-feira à noite pelo presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli. Durante as duas semanas, Monica Semedo não terá direito às indemnizações previstas no âmbito das suas funções e não poderá participar nas atividades do Parlamento Europeu.
Filha de imigrantes cabo-verdianos no Luxemburgo, Monica Semedo conquistou um assento no Parlamento Europeu pelo DP em maio de 2019, a par com Isabel Wiseler-Lima, a outra eurodeputada do Grão-Ducado que fala português.