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Xavier Bettel

"Somos um todo como sociedade", luxemburgueses e residentes estrangeiros

No seu discurso ao país, em véspera da festa nacional luxemburguesa, o primeiro-ministro lembrou que o Luxemburgo é um todo como nação, mas também como sociedade, independentemente da língua ou da nacionaidade que cada um tem. Xavier Bettel fez o discurso em luxemburguês e uma parte final em francês dirigida aos residentes estrangeiros.

Xavier Bettel appelliert an das Zusammengehörigkeitsgefühl der Luxemburger Bürger.

Xavier Bettel appelliert an das Zusammengehörigkeitsgefühl der Luxemburger Bürger. © Créditos: SIP

No seu discurso ao país, em véspera da festa nacional luxemburguesa, o primeiro-ministro lembrou que o Luxemburgo é um todo como nação, mas também como sociedade, independentemente da língua ou da nacionaidade que cada um tem. Xavier Bettel fez o discurso em luxemburguês e uma parte final em francês dirigida aos residentes estrangeiros.

"Este evento marca um instante de pausa que deve suscitar uma reflexão sobre nós próprios (...). Enquanto primeiro-ministro gostaria de vos dizer que são uma parte do nosso país, do nosso passado e do nosso futuro. Vocês são bem-vindos", disse em francês, dirgindo-se aos estrangeiros que vivem no Grão-Ducado.

"Hoje, na véspera da festa nacional, estamos juntos como nação e como sociedade. O sentimento de pertença a um país não deve apenas ser sentido e manifestado hoje, mas todo o ano e não deve existir apenas porque falamos uma determinada língua ou porque temos uma determinada nacionalidade. Somos todos uma só sociedade", disse o governante.

Bettel falou ainda de "orgulho nacional" referindo-se aos feitos alcançados pelo país e por luxemburgueses nos últimos meses e anos: a paz social, uma boa saúde económica, "a praça financeira com melhor desempenho da zona euro".

"Os nossos vizinhos olham-nos 'ciumentos' sobre como conseguimos estar sempre nos primeiros lugares dos rankings da qualidade de vida, da economia, do plurilinguimso", disse Bettel.

"Temos que nos orgulhar também do desempenho dos desportistas, artistas e cientistas nacionais. Atletas luxemburgueses dominaram nos últimos anos a Volta a França em Bicicleta (Andy e Fränk Schleck) e este ano o Giro de Itália (Bob Jungels). Ganhámos um Óscar ("Mr Hublot", de Laurent Witz e Alexander Espigares, 2014), um Grammy (Gast Waltzing em 2015 e 2016) e até um Nobel (Jules Hoffman, Nobel da Medicina em 2011). E recordo que temos luxemburgueses no topo das instituições europeias (Jean-Claude Juncker), e que (...) o número um do aço mundial (ArcelorMittal) tem a sua sede no Luxemburgo."

"Abrimos caminhos em novos sectores onde não éramos esperados", disse ainda o PM, referindo-se às conquistas país no mercado da economia digital ou à recente entrada do Luxemburgo na corrida ao espaço com o projecto de explorar asteróides.

"Temos todos os motivos para termos orgulho no nosso país, no nosso povo e na nossa história".

"Mas nem todos vivem bem no nosso país, muitos concidadãos vivem na pobreza, existe miséria, há pessoas portadoras de deficência, outras que vivem sozinhas. Precisamos de mais solidariedade, de vivermos mais próximos dos outros, de estarmos mais atentos aos outros, precisamos de mais compreensão mútua", apelou.

E finalizou, como tradicionalmente, com "vivas" aos soberanos: "Desejo-vos em meu nome pessoal e no do Governo uma boa festa nacional e muitos bons momentos com as pessoas que vos são queridas. Viva o nosso Grão-Duqe, anossa Grã-Duquesa e o nosso país"