Refugiados: "Tem de haver uma solução europeia"
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Jean Asselborn, afirmou esta atarde que a crise dos refugiados que chegam à Europa tem de ter "uma solução europeia e não nacional". O ministro luxemburguês falava no final da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que decorreu no Luxemburgo.
Asselborne à conversa com o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, à direita na foto © Créditos: AFP
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Jean Asselborn, afirmou esta tarde que a crise dos refugiados que chegam à Europa tem de ter "uma solução europeia e não nacional". O ministro luxemburguês falava no final da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que decorreu no Luxemburgo.
O ministro luxemburguês, que também é titular da pasta da Emigração e do Asilo, afirmou ainda que "a Europa é sinónimo de valores, de lei e da humanidade internacional" e que a Europa "arrisca-se a perder o seu rosto e a sua essência se puser em causa estes valores".
O ministro defende a ideia franco-alemã que preconiza a imposição de quotas obrigatórias. "É possível, e é o nosso dever fazê-lo", declarou o ministro luxemburguês. Uma medida rejeitada por vários países, designadamente Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia.
As declarações de Asselborn foram feitas no final de dois dias de reuniões informais dos ministros do Negócios Estrangeiros, que teve como tema exclusivo a questão das migrações e a situação dos refugiados.
Uma reunião que contou com a presença da chefe da diplomacia da União Europeia. “Acabou o jogo de passar a culpa para os outros. Agora é hora de tomar medidas”, afirmou Federica Mogherini, no final da reunião.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) comprometeram-se a reforçar a cooperação para responder à crise dos refugiados, num acordo que inclui a proteção dos direitos humanos e o aumento do apoio financeiro a países africanos.
As 28 nações da UE estavam bastante divididas sobre o que fazer em relação aos fluxos de migrantes, a maior parte pessoas que abandonaram os seus países para fugir aos conflitos que grassam no Médio Oriente e Norte de África.