Petição quer limitar Tik Tok para travar "cretinização" dos jovens
"Num mundo onde a desinformação e a manipulação são moeda comum, é dever do Estado proteger a integridade intelectual dos nossos jovens", explica o texto.
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A rede social chinesa Tik Tok está longe de ser consensual e são cada vez mais aqueles que se insurgem sobre a sua influência negativa na vida dos seus utilizadores.
No Luxemburgo, não é diferente. Uma nova petição quer "limitar o uso da rede social para salvaguardar a integridade intelectual" dos mais novos e "fortalecer o impacto social, intelectual e cultural das escolas."
O peticionário Jean-Luc Schlimm vai mais longe e diz que é preciso travar a "cretinização" dos jovens. "Seria necessário legislar sobre os conteúdos autorizados em determinadas redes sociais. Num mundo onde a desinformação e a manipulação são moeda comum, é dever do Estado proteger a integridade intelectual dos nossos jovens", explica no texto.
E faz a distinção: "O conteúdo do Tik Tok na Europa é completamente diferente do da China. Uma pesquisa recente mostra que os jovens na Europa querem tornar-se influenciadores, enquanto os jovens na China querem tornar-se astronautas".
E alerta ainda para as recentes polémicas de alegada espionagem pelo Governo chinês através da plataforma.
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"Algumas nações acusam a rede social de espionagem, outras de manipular os nossos filhos e oferecer conteúdo viciante para os mais novos. A codificação do Tik Tok é muito difícil de decifrar, tornando-o suspeito.", justifica na petição.
Esta suspeita de espionagem por parte da China levou a Comissão Europeia e alguns países, como França, a proibir a rede social nos telefones dos funcionários públicos.
No Grão-Ducado, o primeiro-ministro, Xavier Bettel, garantiu que já foram pedidos mais dados sobre a questão a Bruxelas, mas prefere conter-se na onda de ataques à potência asiática: "Não vou atacar a China só por atacar e não vou proibir o Tik Tok só por ser chinês", referiu.