Contacto

OGBL. A “escola em casa” reduz a igualdade de oportunidades

Segundo o sindicato, “os pais não são os professores” e mesmo se conseguem ajudar os filhos, jamais poderão substituir um professor e um ambiente escolar.

Está prestes a fazer duas semanas que o vírus da Covid-19 bloqueou todo o Luxemburgo, começando pelo encerramento das escolas, depois dos comércios de bens não essenciais e finalmente dos estaleiros.

Para garantir a continuidade da aprendizagem, o Ministério da Educação passou a tarefa dos professores para as mãos dos pais.

No entanto, segundo a central sindical OGBL, apesar do primeiro balanço ter sido positivo, a realidade diária das famílias mostra os limites e os riscos deste tipo de aprendizagem.

Segundo o sindicato, “os pais não são os professores” e mesmo se conseguem ajudar os filhos, jamais poderão substituir um professor e um ambiente escolar. Daí a OGBL frisar que é importante que os professores não mandem trabalhos a mais para as crianças, até porque muitos pais não conhecem suficientemente bem as línguas, nem as exigências do sistema escolar luxemburguês para poder ajudar os filhos.

O digital aumenta as desigualdades, defende a OGBL, sublinhando que “muitas famílias não têm o conhecimento das novas tecnologias nem tão pouco computadores para assegurar um ensino à distância”. Uma situação que considera “inaceitável”.

A OGBL defende que “é importante não pressionar os pais, que já têm de lidar com o teletrabalho, cuidar das crianças, para além do medo de contrair o vírus da Covid-19”.

“A educação é um direito para todos, e não apenas para as famílias privilegiadas”, conclui o sindicato.