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"Não vou mais candidatar-me a eleições no Luxemburgo", diz Juncker

No Dia da União Europeia, o ex-primeiro ministro luxemburguês confessou em entrevista à RTL que não quer regressar à política, falou sobre confinamento e como Xavier Bettel está a gerir a crise da pandemia.

© Créditos: Pierre Matgé

No dia em que se celebra a Europa, o luxemburguês, ex-presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker criticou o encerramento das fronteiras da Alemanha com o Luxemburgo, deu os parabéns ao governo luxemburguês pelo modo com está a lidar com a pandemia e falou de si próprio em confinamento e do seu futuro. Que não irá passar por um regresso à política. Juncker não pensa em se recandidatar a primeiro-ministro.

Jean Claude Juncker nunca passou tanto tempo em casa como agora, deixou de fumar e por isso, está menos ansioso, como confessou esta manhã, em entrevista ao "Background", da RTL Radio, no Dia da União Europeia.

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"É absolutamente ridículo!", é assim que o ex-primeiro-ministro luxemburguês, de 65 anos, comenta o encerramento das fronteiras pela Alemanha, que inclui também as com o Luxemburgo. Juncker qualificou este encerramento e o controlo das fronteiras como um “ato de provocação”, disse citado pela RTL online. Mais. O fecho das fronteiras não impede a transmissão do vírus.

Orçamentos para gerir crise

Sobre a pandemia no Luxemburgo, o Governo de Xavier Bettel está a gerir bem a situação, considerou. O político luxemburguês elogiou, na entrevista, o seu sucessor no cargo de primeiro-ministro do Grão-Ducado, e também a ministra da Saúde, Paulette Lenert pelos seus “incansáveis esforços”.

Tal como a economia do Luxemburgo também a da Europa precisa de um impulso para recomeçar ainda nesta crise pandémica, declarou o ex-presidente da Comissão Europeia para quem os pacotes de apoio foram uma medida positiva e necessária. No entanto, deixa o conselho que o próximo orçamento europeu deverá ser muito mais elevado para fazer fase à crise provocada pelo novo coronavírus.

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Reformado da política

"Eu nunca estive em casa por tanto tempo", confessou o antigo primeiro-ministro ao falar sobre o seu confinamento, com o qual lidou bem. Juncker admitiu que para que não tenha um jardim ou exterior deve ter sido mais difícil.

Quanto à continuação da carreira política, este político confessou que não pensa regressar à política ativa no Grão-Ducado. Não pela sua idade, 65 anos, mas mais de 30 anos passados ativamente entre o governo do país e a comissão europeia, são para Juncker suficientes.

"Não vou mais participar em eleições no Luxemburgo", anunciou, citado pelo Wort. Para já anda a aceitar dar entrevistas e tem já plano para o seu livro de memórias que ainda não começou a escrever.