Médico com cadastro no exército. Defesa diz que não havia "qualquer suspeita"
Direção da Defesa refere que o profissional de Saúde tinha um "contrato de prestação de serviços."
© Créditos: Pierre Matgé
Na terça-feira, o Wort avançou o caso de médico com cadastro que foi contratado para trabalhar no exército luxemburguês. O profissional, Mouhamadou Diagne, é alvo de um processo criminal na Bélgica por ter emitido centenas de certificados covid-19 falsos.
Depois de ter negado a contratação e não querer fornecer mais informações, a Defesa voltou a pronunciar-se sobre o assunto ao jornal. "Diagne não foi contratado pelo exército nem pela Direção da Defesa como médico ou empregado, mas como prestador de serviços externo com um contrato de prestação de serviços", refere a tutela em resposta.
Ler mais:Exército luxemburguês contratou médico com cadastro
Antes de assinar este contrato, o médico terá apresentado a sua licença para exercer uma profissão de saúde. Esta tinha sido emitida anos antes, após o exame prévio pelo Collége Médical (entidade que regula o exercício da profissão no Grão-Ducado).
O profissional também teve de apresentar um certificado válido de boa conduta. E nem a condenação de 2022 na Bélgica, avançada pelo Wort, nem as alegações sobre os falsos certificados covid-19 foram mencionadas no documento. "Logo, os documentos apresentados não causaram qualquer suspeita", admite a Defesa.
Para além disso, "Diagne iniciou os seus serviços para as Forças Armadas a 1 de dezembro de 2022. Alguns dias após o início dos seus serviços, as alegações e o seu comportamento foram levados ao conhecimento das Forças Armadas e da Direção da Defesa. Como resultado, foi imediatamente decidido não continuar a usar os serviços do médico até nova ordem", explicou ainda.
(Artigo original publicado no Luxemburger Wort e adaptado para o Contacto por Ana Patrícia Cardoso.)