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Visita de Estado

Maus tratos na Corte. Grão-Duque Henri diz que "não é tudo exato"

"Também havia especulações" no artigo que falava de uma alegada altercação entre a Grã-Duquesa Maria Teresa e uma funcionária, disse o Chefe de Estado luxemburguês.

O Grão-Duque Henri em declarações aos jornalistas durante a visita de Estado à Letónia, que o Contacto acompanhou.

O Grão-Duque Henri em declarações aos jornalistas durante a visita de Estado à Letónia, que o Contacto acompanhou. © Créditos: SIP

Chefe de redação

"Não era tudo exato [o que dizia o artigo]. Também havia especulações". Esta foi a resposta do Grão-Duque Henri quando questionado sobre a notícia do semanário Lëtzerbuerger Land sobre a alegada altercação verbal da Grã-Duquesa Maria Teresa com um membro da sua equipa numa prova de vestuário, em outubro passado.

"As relações do governo com a Casa do Grão-Duque e o ministério de Estado desenvolvem-se normalmente e tudo funciona bem", afirmou aos jornalistas o chefe de Estado luxemburguês, esta terça-feira. Uma declaração que gerou polémica na visita de Estado do Grão-Duque à Letónia.

Negando a hipótese da realização de uma reunião específica para abordar o tema com o Governo, o Grão-duque Henri afirmou: “Vemo-nos de forma regular e veremos o que podemos melhorar relativamente ao que fazemos atualmente".

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O assunto terá chegado ao primeiro-ministro Xavier Bettel que, segundo o jornal, terá intervido. Em breve deverá ser divulgado um relatório sobre o caso. Dois membros do pessoal terão sido afastados na sequência do incidente relatado pelo jornal.

A Grã-Duquesa Maria Teresa não participou na visita de Estado à Letónia, ao contrário do que aconteceu na última visita de Estado a Portugal.

Recorde-se que no final de janeiro de 2020, um relatório de um antigo alto funcionário, Jeannot Waringo, revelou uma série de irregularidades na Corte e abriu caminho para uma reforma estrutural como consequência. Na sua análise, o diretor de longa data da Inspeção Geral de Finanças salientou sérios problemas com os funcionários na Corte, pelos quais culpou, em parte, a Grã-Duquesa Maria Teresa.