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Luxemburgo quer ser mais eficaz a combater incêndios no país

A utilização de helicópteros é uma possibilidade a ser explorada mas não é solução, segundo o Corpo Grão-Ducal de Incêndio e Segurança (CGDIS). O organismo prefere apostar na formação dos seus bombeiros e no desenvolvimento de um "índice de riscos de incêndio florestal no Luxemburgo", de forma a prevenir futuros fogos no país.

© Créditos: Foto. Gerry Huberty

Desde a sua criação, em 2018, o CGDIS realizou em média cerca de 180 operações de combate a incêndios por mês, segundo Tom Barnig, diretor de operações do organismo. Contudo, só no mês de julho foram realizadas 242 operações de combate a chamas, das quais 67 envolviam um incêndio florestal.

A utilização de aviões Canadair, como é o caso nos incêndios em Portugal, teria pouco efeito sobre os incêndios no Luxemburgo

A utilização de aviões Canadair, como é o caso nos incêndios em Portugal, teria pouco efeito sobre os incêndios no Luxemburgo © Créditos: Lusa

Desde a sua criação, em 2018, o CGDIS realizou em média cerca de 180 operações de combate a incêndios por mês, segundo Tom Barnig, diretor de operações do organismo. Contudo, só no mês de julho foram realizadas 242 operações de combate a chamas, das quais 67 envolviam um incêndio florestal.

Para o diretor-geral do CGDIS, Paul Schroeder, o uso de helicópteros para combater incêndios no Luxemburgo é uma possibilidade a ser explorada, mas não é uma aposta, visto que a sua eficácia depende do tipo de incêndio. "Um helicóptero de combate a incêndios é apenas um elemento de um conjunto completo de meios de ação", explica Schroeder.

"Combater os incêndios florestais e terrestres é e será sempre um trabalho manual. Os aviões de combate a incêndios que sobrevoam as 'paredes' de chamas são espetaculares, mas têm apenas um objetivo específico: extinguir rapidamente as chamas altas. Os fogos que ocorrem na vegetação no Luxemburgo são principalmente fogos de terra", explica Schroeder, frisando que o uso de um helicóptero neste tipo de incêndio teria pouco efeito.

Face às recentes críticas ao Resgate Aéreo do Luxemburgo, que alegam que a utilização limitada de helicópteros se deve a uma questão de custos, a ministra do Interior, Taina Bofferding, desmentiu-as e explicou que a estratégia do CGDIS para combater eficazmente incêndios florestais assenta na formação do seu pessoal. Atualmente, está a ser pensada uma formação com especialistas estrangeiros.

Os incêndios florestais já foram incluídos na formação base teórica de todos os bombeiros do CGDIS, para além da vertente prática. Além disso, foi encomendado um novo camião-tanque com capacidade para 10.000 litros, adaptado a incêndios florestais, que ficará estacionado no quartel de Colmar-Berg.

Em colaboração com a administração da natureza e o Meteolux, vai ser desenvolvido um "índice de riscos de incêndio florestal no Luxemburgo", de forma a prevenir futuros fogos no país.

Corpo de bombeiros de Hesperange vai receber um novo carro de bombeiros

Depois de um dos seus carros de bombeiros ter sido destruído pelo fogo durante o incêndio em Hamm, no dia 25 de julho, o corpo de bombeiros de Hesperange está de novo operacional. No fim de semana que se seguiu ao incidente, o centro de operações de Niederanven-Schüttringen disponibilizou uma dos seus veículos de emergência ao corpo de bombeiros.

Recentemente, foi aberto um concurso para a aquisição de um novo carro de bombeiros para o centro de formação do Corpo Grão-Ducal de Incêndio e Segurança (CGDIS), que será atribuído ao corpo de bombeiros de Hesperange, no final do ano. O custo do veículo deverá rondar os 450.000 euros.