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Luxemburgo é dos primeiros países que os reis da Bélgica vão visitar

O Grão-Ducado é um dos países onde os novos soberanos da Bélgica vão efectuar as suas primeiras visitas de estado oficiais, em Novembro. Philippe e Mathilde subiram ao trono a 21 de Julho.

© Créditos: AP

Foi o que anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Didier Reynders, à margem da visita que Mathilde fez quinta-feira a Nova Iorque.

A rainha da Bélgica deslocou-se à "Grande Maçã" para visitar a sede das Nações Unidas (ONU), na sua qualidade de embaixadora da Unicef.

À semelhança dos novos soberanos dos Países Baixos, Willem-Alexander e Máxima, que escolheram o Luxemburgo, em Maio, para uma das suas primeiras visitas (depois de subirem ao trono em Abril), também os reis da Bélgica anunciaram que o Grão-Ducado seria um dos primeiros países que vão visitar oficialmente, já a partir de Novembro.

Um pouco de História

A escolha do Luxemburgo como primeiro destino para uma visita oficial de Estado por parte do casal real holandês prova as relações privilegiadas que ainda se mantêm entre os dois países, que partilharam o mesmo destino e o mesmo soberano durante mais de 15o anos, entre 1715 e 1890.

Do mesmo modo, também a Casa Real da Bélgica tem relações estreitas com a Casa Grã-Ducal do Luxemburgo.

Os dois países vizinhos partilharam várias vezes o mesmo destino histórico. Em 1714 integraram ambos os Países Baixos Austríacos e foram anexados posteriormente, em 1795, pela França Napoleónica.

Em 1815, os dois países passam sob a alçada da Coroa Holandesa. O Grão-Ducado de então (que incluía parte da Valónia) participa na Revolução belga de 1830, elevação popular que viria a conduzir à independência da Bélgica. O novo país integrou o Luxemburgo. Em 1839, a província do Luxemburgo Belga (que faz hoje parte da Valónia) permanece na Bélgica e a parte que é hoje o Grão-Ducado regressa à alçada dos Países Baixos. Só em 1848 o Grão-Ducado foi reconhecido com nação independente.

Laços familiares estreitos

Outros laços familiares recentes aproximaram ainda mais as casas reais belga e luxemburguesa.

A mãe do actual grão-duque Henri, a grã-duquesa Joséphine-Charlotte (1927-2005), era uma princesa belga. Era tia do actual rei da Bélgica (Philippe), e irmã dos dois anteriores soberanos, Balduino e Alberto II.

No ano passado, também o grão-duque herdeiro Guillaume, como o seu avô (grão-duque Jean) o fizera cerca de 50 anos antes, casou com uma belga, a condessa Stéphanie de Lannoy. Stéphanie tornar-se-á a segunda grã-duquesa de origem belga a subir ao trono do Grão-Ducado.