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Crise sanitária tornou trabalho das mulheres mais visível

A central sindical OGBL reivindica um reforço da política em favor da igualdade de género no Luxemburgo.

Enfermeiras na maternidade Dr. Bohler, em Kirchberg.

Enfermeiras na maternidade Dr. Bohler, em Kirchberg. © Créditos: Pierre Matgé

A crise pandémica provocada pela covid-19 está a demonstrar segundo a central sindical OGBL que o trabalho remunerado das mulheres concentra-se mais nos setores da saúde e dos serviços. Estes foram, aliás, os que estiveram na primeira linha de combate à covid-19 no Luxemburgo e que foram considerados "essenciais".

No entanto, o sindicato considera que é justamente nessas áreas que as condições de trabalho são difíceis. A OGBL refere que as pessoas são mal pagas e os empregos são instáveis. No setor da saúde e ação social, por exemplo, 76% dos trabalhadores são mulheres. Uma taxa que aumenta para 83% no setor das limpezas. Desta forma, a central sindical reivindica um reforço da política em favor da igualdade de género no país.

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Segundo a organização, a crise não deve ampliar as desigualdades, mas ao contrário, tem de servir de incentivo para acelerar a instauração de medidas que garantam a igualdade. E propõe ainda que o Ministério das Igualdades de Oportunidades lance um inquérito sobre o impacto da crise da covid-19 nas famílias e nas mulheres no mundo do trabalho. E quer mesmo respostas a outras questões: como é que os casais se organizaram para estudar com os filhos; que obstáculos é que as famílias monoparentais encontraram.

Para a OGBL as medidas atuais que permitem uma melhor gestão da vida privada e trabalho são insuficientes. Neste contexto, o sindicato relembra uma antiga revindicação: reduzir de forma geral o tempo de trabalho.