Cargolux falhou aterragem em abril. "Não houve perigo alto de acidente"

O incidente ocorrido com um Boeing B747-4HQF da Cargolux, no passado dia 15 de abril, durante a aterragem no aeroporto do Findel, oriundo do Dubai, deveu-se a flutuações da velocidade do vento na altura em que a aeronave fazia a sua aproximação à pista, não tendo havido perigo de acidente, pelo menos é esta a conclusão do relatório da Direção da Aviação Civil (DAC) e da Administração de Inquéritos Técnicos (AET),

Os resultados da investigação foi divulgado esta sexta-feira e aponta "condições ambientais variáveis" relacionadas com o vento como causa para a falha na aterragem da aeronave, que levou a que esta sofresse um impacto quando entrou em contacto com a pista.

"Embora a tripulação estivesse ciente das condições de vento potencialmente variáveis, a aterragem em tais condições pode ser um desafio, porque é provável que se verifiquem mudanças rápidas numa fase altamente dinâmica do voo - a aterragem", explica o relatório.

No incidente de 15 de abril, a situação foi ainda agravada por uma "velocidade de aproximação elevada" relacionada com a estrutura da aeronave e com uma velocidade de descida elevada. Uma combinação de fatores que, diz o relatório "deixaram a tripulação com uma margem limitada para reagir à alteração das condições ambientais".

Segundo o relatório, a AET também "não identificou problemas de segurança sistémicos pertinentes", nem relacionados com questões de segurança da aeronave, concluindo que a situação "não tinha uma probabilidade elevada" de resultar em acidente.

Na altura do acidente, a Cargolux indicou ao Contacto que os "pilotos abortaram a sua primeira tentativa de aterragem, conseguindo aterrar em segurança à segunda [tentativa]".

Embora o incidente não tenha causado feridos, o avião sofreu alguns danos e seguiu para reparação.