Cancro é a principal causa de morte no Luxemburgo
Este sábado, 4 fevereiro, assinala-se o Dia Mundial contra o Cancro. A doença causou a morte de mais de mil pessoas no Luxemburgo em 2014 e assume-se atualmente como a primeira causa de morte no país.
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Este sábado, 4 fevereiro, assinala-se o Dia Mundial contra o Cancro. A doença causou a morte de mais de mil pessoas no Luxemburgo em 2014 e assume-se atualmente como a primeira causa de morte no país.
Lydia Mutsch, ministro da Saúde, explica que esta data visa sensibilizar as populações "sobre como o cancro pode afetar cada um de nós de diferentes formas, e as precauções que podemos tomar para reduzir o impacto do cancro em indivíduos famílias, comunidades e pacientes.
Mais de 8,2 milhões de mortes em todo o mundo e mais de mil no Luxemburgo
A epidemia global do cancro é considerável e continuará a aumentar no futuro.
Atualmente, 8,2 milhões de pessoas morrem no mundo a cada ano vítimas de cancro, incluindo 4 milhões prematuramente, nas faixas etárias dos 30 aos 69 anos.
No Luxemburgo, o cancro assumiu-se em 2014 como a principal causa de morte em homens (33,9%) e a segunda principal causa entre as mulheres (27,1%), tendo sido responsável por 30,6% de todas as mortes, num total de 1.164 pessoas.
De acordo com o relatório de estatísticas de óbitos em 2014 publicado pela Direção da Saúde em janeiro de 2016, os tumores mais comuns nos homens no Grão-Ducado são, por ordem de incidência, o cancro do de pulmão e brônquios, cólon, próstata e pâncreas. Nas mulheres os números apontam o cancro da mama, pulmão e brônquios, pâncreas e cólon.
Rastreio é a palavra-chave
O rastreio permite a descoberta do cancro numa fase inicial , o que permite avançar para os tratamentos numa fase precoce.
O Ministério da Saúde tem em marcha vários programas de rastreio, entre os quais os que são dirigidos ao colorretal, mama e útero.
Além da deteção precoce, também a prevenção desempenha um papel fundamental na luta contra o cancro. Na verdade, mais de 30% dos casos de cancro poderiam ser evitados, reduzindo os fatores de risco, designadamente o tabagismo, álcool, obesidade, dieta não saudáveis e inatividade física.
Números melhoram com o Plano Nacional de Cancro
Desde 2014, que foi criado um "Plano Nacional de Cancro" no Grão-Ducado, programa esse que vai durar até 2018.
A medida visa reduzir os fatores de risco a médio prazo e a incidência de cancro, melhorar a sobrevivência e a qualidade de vida dos doentes, reduzindo a mortalidade e as desigualdades no acesso aos cuidados.
Pela primeira vez, em 2016, foi publicado um relatório retrospetivo dos dados disponíveis sobre o cancro que servirá como referência para analisar os progressos realizados nos dez eixos do Plano Nacional de Cancro 2014-2018.