1500 euros de apoio direto. "Famílias precisam do dinheiro agora"
Partido Pirata propõe ajudas financeiras diretas às famílias do Luxemburgo, a serem pagas num apoio único já este ano, para fazer face ao aumento do custo de vida.
Os piratas reivindicam uma ajuda financeira direta para cada trabalhador e membro do seu agregado familiar a ser paga já este ano. © Créditos: Shutterstock
O partido Pirata propõe ajudas financeiras diretas às famílias do Luxemburgo, a serem pagas num apoio único já este ano, para fazer face ao aumento do custo de vida. Os apoios do acordo tripartido baseiam-se sobretudo na indexação salarial e em deduções de impostos e só chegarão em 2024. "Já virão tarde porque é “agora, este ano” que os residentes necessitam de ajuda financeira, declara ao Contacto Gilles Mertz, adido parlamentar do partido Pirata.
Assim, o montante dos 500 milhões do pacote do acordo tripartido pode ser melhor distribuído, reivindicam os Piratas, tendo ontem apresentado as suas propostas alternativas numa conferência de imprensa. A intenção é “distribuir melhor e de forma mais justa o dinheiro pelos cidadãos do país”, vincam.
O partido Pirata exige assim, “uma ajuda direta por pessoa, paga em 2023 e escalonada de acordo com o rendimento anual, bem como 500 euros para cada outro membro da família”.
As contas foram feitas e apresentadas. “Um trabalhador que receba salário mínimo deve ter um apoio direto de 1500 euros, além de mais 500 euros por cada membro do agregado familiar. Consoante o salário for superior ao ordenado mínimo a ajuda será gradualmente menor”, explica Gilles Mertz.
Para os trabalhadores que ganham 60. 197 euros/ano, duas vezes o salário mínimo, a ajuda já seria de 1000 euros. Para quem ganhe 90.296 euros/ano, três vezes o salário mínimo, o apoio direto seria de 750 euros, diminuindo assim até quem receba acima de 120.395 euros/ano, em que a ajuda direta seria de 250 euros.
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Distinção entre rendimentos
Desta forma, nas alternativas propostas não se faz “distinção entre pessoas, mas entre rendimentos, e tratamos as pessoas da mesma forma, quer seja arrendatário, quer tenha uma hipoteca, ou seja uma família monoparental.
Aliás, as famílias monoparentais são as mais vulneráveis no país e mais expostas ao risco de pobreza por causa do custo de vida atual, realça Gilles Mertz.
Por isso, como “solução futura” os piratas continuam a defender uma reforma fiscal, em que “as classes fiscais devem ser abolidas e substituídas por uma tributação individual que tenha em conta as situações reais das pessoas” e eliminação da classe de imposto A1.